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Saiba como funciona o sistema antimísseis dos EUA enviado a Israel

THAAD é o único sistema de defesa antimísseis do país americano que pode atacar e destruir mísseis balísticos de curto, médio e intermediário alcance, dentro ou fora da atmosfera

14 out 2024 - 14h59
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O sistema THAAD, considerado uma das mais avançadas tecnologias antimísseis dos Estados Unidos, é capaz de interceptar mísseis balísticos a distâncias entre 150 e 200 quilômetros. A eficácia em testes se aproxima de 100%, segundo fontes militares. Sua principal vantagem é a habilidade de atingir mísseis de curto, médio e intermediário alcance, seja dentro ou fora da atmosfera, na fase final de voo.

Interceptador do sistema de escudos antimísseis
Interceptador do sistema de escudos antimísseis
Foto: Reprodução/X-IDF / Perfil Brasil

Essa defesa utiliza interceptores que colidem diretamente com o alvo, ao invés de explosões nas proximidades, o que garante mais precisão. O nome THAAD vem da sigla em inglês para Terminal High-Altitude Area Defense (Defesa Terminal de Área de Alta Altitude, em tradução livre).

Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso, os EUA contam com sete baterias THAAD, cada uma equipada com seis lançadores montados em caminhões, cada um carregando oito interceptores, além de um poderoso sistema de radar e um centro de controle e comunicação.

THAAD reforça sistema antimísseis de Israel

O Pentágono anunciou recentemente que uma dessas baterias está sendo enviada a Israel para reforçar sua capacidade de defesa contra mísseis. Isso ocorre após "ataques sem precedentes do Irã contra Israel", ocorridos em 13 de abril e 1º de outubro, conforme apontado pelo departamento de defesa dos EUA. Cerca de 100 militares americanos serão enviados para operar o equipamento em solo israelense.

Uma fonte em Teerã informou à CNN que o Irã alertou os EUA sobre retaliações em caso de novos ataques israelenses. Esse aviso eleva a tensão na região e destaca a importância da presença de sistemas de defesa avançados como o THAAD.

Esse sistema de defesa é parte de uma rede de proteção coordenada, capaz de se comunicar com outros equipamentos antimísseis dos EUA, como o Aegis, presente em navios da Marinha, e o Patriot, que lida com mísseis de curto alcance. A integração dessas defesas é um sinal da relevância que o governo Biden dá à segurança de Israel.

O THAAD pode ser rapidamente transportado por aviões de carga como o C-17 e o C-5 da Força Aérea dos EUA. No entanto, o Pentágono ainda não divulgou quando ele estará plenamente operacional em Israel.

Tecnologia de alta precisão

O diferencial do THAAD está em seu sistema de radar avançado, conhecido como AN/TPY-2. Esse equipamento pode ser posicionado junto com as baterias ou em navios da Marinha, sendo capaz de detectar mísseis a distâncias de até 3.000 quilômetros. Durante o voo terminal de um míssil, o radar aponta para o céu para rastrear o alvo em queda, aumentando a eficácia da interceptação.

O analista militar Cedric Leighton, ex-coronel da Força Aérea dos EUA, explicou à CNN que o sistema THAAD atuará como uma camada extra de proteção para Israel, que já possui um robusto escudo antimísseis.

Capacidades de defesa israelense

Israel já conta com diversos sistemas de defesa, como o David's Sling, desenvolvido em parceria com a Raytheon, empresa norte-americana. Esse sistema usa interceptores que podem abater mísseis a até 300 quilômetros de distância. Outro ponto de defesa são os sistemas Arrow 2 e Arrow 3, ambos desenvolvidos junto com os EUA. O Arrow 2 utiliza ogivas de fragmentação, enquanto o Arrow 3, semelhante ao THAAD, destrói mísseis no espaço com a tecnologia hit-to-kill.

Além disso, Israel possui o Iron Dome, uma rede composta por 10 baterias capazes de interceptar projéteis de curto alcance. Essa defesa já se provou vital em diversos confrontos.

O envio de uma bateria THAAD para Israel em 2019, durante um exercício militar, mostra que essa não é a primeira vez que Washington colabora diretamente com o país nessa área. Entretanto, o sistema também atrai a atenção de outras nações.

A China, por exemplo, se manifestou contrária à instalação de uma bateria THAAD na Coreia do Sul em 2017, temendo que o radar pudesse ser usado para espionagem. Já Guam, território norte-americano no Pacífico, também possui esse sistema para se proteger de eventuais ameaças vindas da Coreia do Norte ou da China.

Perfil Brasil
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