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Se expulsarem Eduardo do PSL, é um favor que fazem, diz advogada de Bolsonaro

Em entrevista à 'Rádio Eldorado', Karina Kufa afirma que tática do PSL é provocar 'medo e terror'

26 nov 2019 - 11h53
(atualizado às 13h19)
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A advogada de Jair Bolsonaro e tesoureira do Aliança Pelo Brasil, Karina Kufa, defendeu nesta terça-feira, 26, em entrevista à Rádio Eldorado (ouça aqui), que o PSL expulse da sigla os deputados aliados do presidente - entre eles, Eduardo Bolsonaro, que enfrenta processo na comissão de ética do partido. "Se expulsarem o Eduardo, é um favor que fazem, liberam ele para trocar de sigla", disse Karina.

Segundo Karina, o PSL tem adotado uma tática de abrir vários processos de expulsão contra os parlamentares aliados de Bolsonaro para provocar "medo e terror". "Estão fazendo isso para vir com penalidades que só visam criar um processo vexatório, não um processo democrático. Se não está satisfeito com o parlamentar, expulse e deixe ele viver a vida em outro partido", afirmou a advogada.

Na esteira do rompimento entre Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), deputados da ala bolsonarista passaram a ser isolados e ameaçados de expulsão. Eles colaboram com a criação da Aliança Pelo Brasil, mas não podem deixar o PSL antes do período de janela partidária - que dura 30 dias e ocorre antes das eleições federais - sob pena de perda de mandato.

"Acho que o interesse do PSL é sangrar esses parlamentares, mas manter no quadro do partido para segurar o fundo partidário", disse Karina. Os recursos públicos que financiam as siglas e as campanhas são distribuídos com base no número de deputados eleitos pelos partidos no último pleito - o PSL tem a segunda maior bancada eleita da Câmara dos Deputados, com 52 parlamentares.

A advogada também saiu em defesa de Eduardo Bolsonaro no processo que enfrenta na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados por causa da fala sobre um novo AI-5 em uma entrevista. "Pega a frase que ele usou e substitua 'AI-5' por qualquer outra coisa, como 'tomar medidas para defender o Brasil'. Você vê que não há problema", argumentou Karina.

Estadão
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