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Seca extrema atingiu 42 territórios indígenas em julho, diz Coiab

O documento, que destaca um cenário de aridez severa, será detalhado na Semana do Clima em Nova York, evento que ocorre de 22 a 29 de setembro de 2024

28 set 2024 - 19h52
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A seca extrema afetou, somente em julho deste ano, 42 territórios e 3 mil domicílios indígenas, além de 15 povos originários, sendo um deles isolado. Esses são alguns dos dados destacados no relatório Amazônia à Beira do Colapso - Boletim Trimestral da Seca Extrema nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Relatório será detalhado na Semana do Clima em Nova York
Relatório será detalhado na Semana do Clima em Nova York
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Perfil Brasil

O documento, que destaca um cenário de aridez severa, será detalhado na Semana do Clima em Nova York, evento que ocorre de 22 a 29 de setembro de 2024. O relatório também aponta que a seca prejudicou o funcionamento de 110 escolas e 40 unidades de saúde dentro dos territórios.

Situação crítica da seca extrema

O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que o fenômeno de seca extrema começou a se intensificar gradualmente desde maio de 2024. Em estados como Maranhão, Pará e Tocantins, a seca passou de moderada para grave em janeiro.

Em janeiro, já identificava-se seca excepcional nos estados de Mato Grosso e Rondônia. De maio para agosto, as áreas escuras do mapa, que indicam seca grave, extrema ou excepcional, começaram a se multiplicar perigosamente.

A Amazônia Legal, composta pelo Acre, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e o Amazonas, é a mais afetada pela seca extrema. A equipe do Monitor de Secas faz um breve exame separado por estados, revelando impactos de longo prazo, além dos de curto prazo.

No Amazonas, por exemplo, a situação é particularmente crítica, com rios alcançando níveis historicamente baixos em várias regiões. Além disso, é alarmante constatar que nove dos afluentes da Bacia do Rio Acre estão em alerta máximo.

Qual a situação dos rios na Amazônia?

A seca extrema também afeta severamente os rios da região. O rio Iaco, no município de Sena Madureira, no Acre, atingiu o nível de 30 centímetros, o menor de sua história. Este cenário é preocupante, pois a segunda menor cota foi registrada recentemente, com 31 centímetros.

  • Rio Madeira
  • Rio Iaco
  • Bacia do Rio Acre
  • Rio Branco
  • Porto Acre

Esses rios e seus respectivos afluentes estão sob alerta constante devido à gravidade da situação de seca extrema na região.

Qualidade do ar e impactos na saúde e educação

Além dos efeitos diretos na disponibilidade de água, a seca extrema também impacta a qualidade do ar. Cidades como Rio Branco e Porto Acre têm registrado qualidade de ar péssima, o que agrava problemas respiratórios e outras condições de saúde.

No âmbito educacional, o funcionamento de 110 escolas tem sido prejudicado. Quanto à saúde, 40 unidades de saúde enfrentam dificuldades devido à falta de água e ao forte impacto na qualidade de vida das comunidades indígenas.

Perfil Brasil
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