"Sem a proteção dos EUA, Israel não teria tanta capacidade", afirma especialista
A professora de Relações Internacionais Denilde Holzhacker afirma que o governo de Joe Biden está sendo considerado fraco em sua capacidade de conter a escalada do conflito no Oriente Médio
"Sem a proteção dos EUA, Israel não teria tanta capacidade", afirma a professora de Relações Internacionais Denilde Holzhacker. O cenário político internacional tem visto um aumento das tensões no Oriente Médio, colocando à prova o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Sob críticas de ser incapaz de lidar com a escalada dos conflitos na região, Biden enfrenta desafios significativos em equilibrar os interesses americanos e as relações internacionais.
Conforme avaliado pela especialista em entrevista à CNN, a postura do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem escalado tensões, sobretudo em relação à ONU. A decisão de declarar o secretário-geral António Guterres como "persona non grata" evidencia um atrito crescente com a organização.
Como os EUA lidam com Israel?
O papel dos Estados Unidos como protetor de Israel se torna ainda mais crucial diante das ameaças regionais, especialmente dos mísseis iranianos. Holzhacker aponta a dependência militar de Israel nos EUA, sublinhando que mesmo com um exército poderoso, Israel se beneficia enormemente do apoio americano.
O governo Biden está em meio a um delicado ato de equilíbrio. O envolvimento direto dos EUA no conflito poderia ter consequências internas significativas, especialmente em um período eleitoral. O presidente precisa demonstrar habilidade diplomática para manter a paz sem arriscar uma intervenção militar que poderia ser mal recebida por seus eleitores.
A administração americana, portanto, foca em estratégias que minimizem a necessidade de ação direta dos EUA, preservando a segurança de Israel enquanto promove estabilidade na região sem um conflito ampliado.
Por fim, Denilde Holzhacker destaca a necessidade de uma abordagem bem calculada, enfatizando a importância de uma coalizão global, em que os principais players internacionais trabalhem juntos para desarmar as tensões e buscar soluções pacíficas para um impasse prolongado. Com uma liderança forte e pragmática, é possível prever que o cenário no Oriente Médio possa encontrar um caminho rumo à estabilidade regional.