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Setor de logística enfrenta desafio para atrair mão de obra

Pesquisa global da Gi Group Holding mostra que apenas 26% dos entrevistados acreditam que a logística está entre os melhores setores para se trabalhar. No entanto, a satisfação na área atinge 87% dos funcionários

16 mar 2023 - 10h09
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A escassez de mão de obra está entre os grandes desafios enfrentados pelas empresas de logística em todo o mundo, tanto no setor de transporte quanto no de armazenamento. Um dos motivos é a dificuldade de atrair profissionais, principalmente especializados em novas tecnologias, para auxiliar as empresas nos processos de inovação, reforçando o papel estratégico da área de Recursos Humanos no setor.

Foto: Banco de Imagens / DINO

Essa é uma das conclusões do relatório "Logistics Global HR Trends", realizado pela Gi Group Holding, a partir de dados públicos da indústria e estimativas de líderes na China, Brasil, Alemanha, Itália, Polônia e Grã-Bretanha.

Os resultados mostram que apenas 26% dos entrevistados acreditam que a logística está entre os melhores setores para se trabalhar, ligeiramente acima de setores como manufatura (23%) e construção (20%). Em contraste, a maioria dos empregados do setor (87%) diz estar satisfeita com seu trabalho, em comparação a 85% dos empregados em outros setores. Analisando os dados apenas do Brasil, o percentual de profissionais satisfeitos é ainda maior: 94%.

"Apesar do reconhecimento de sua importância na economia, evidenciada durante a pandemia de Covid-19, as necessidades, especificidades e desafios da logística ainda são pouco conhecidos pela população, com grande parte da dela compreendendo que o trabalho na área é fisicamente exigente e destina-se apenas à mão de obra não qualificada quando, na realidade, é necessário ter especialização, conhecimentos técnicos e utilizar tecnologia também", explica Carlos Henrique Martins Tonnus, diretor da Gi Group Holding do Brasil, com base no relatório.

O mercado mundial de logística experimentou crescimento exponencial nos últimos anos, movimentando US$ 8,6 trilhões em 2021. E estima-se que o setor continue em expansão, atingindo US$ 9,9 trilhões em 2024, impulsionado ainda pelo avanço do comércio eletrônico.

Entre 2019 e 2020, as vendas globais do e-commerce cresceram 26,7%, para US$ 4,2 trilhões. Essa tendência de crescimento seguiu em 2021, quando o mercado global de vendas on-line atingiu quase US$ 5 trilhões em vendas. Entre os países analisados, a Itália foi o que mais cresceu em vendas de comércio eletrônico entre 2019 e 2021 (88,6%), seguido pelo Brasil (65,5%), Alemanha (61,3%), Polônia (39,8%), Reino Unido (32,3%) e China (24,6%).

Novas tecnologias

O estudo indica ainda que o setor passa por novas transformações aceleradas pelo processo de digitalização, que se revelou crucial durante a pandemia, para responder ao estresse das cadeias de abastecimento globais e garantir maior eficiência e flexibilidade operacional.

A expectativa é que, em breve, inovações como Big Data Analytics, Blockchain, IoT, 5G, Inteligência Artificial e Manufatura Aditiva mudarão a cadeia de suprimentos e influenciarão o equilíbrio de poder entre os players do mercado, reformulando os modelos de negócios atuais.

Essa renovação tecnológica gera novas oportunidades profissionais, exigindo competências e funções que não são tradicionais para a indústria. Do ponto de vista de RH, isso significa que as empresas devem ser capazes de atrair competências na área de Digital & Automação para alcançar essa transformação.

Retenção de talentos

Nesse contexto, o relatório avalia que, para reter trabalhadores, as empresas devem criar condições de trabalho mais acolhedoras possíveis, promovendo ambientes de trabalho baseados em relações positivas e em sistemas de Recompensa Total (salário, políticas de bem-estar e ética empresarial). Outra ação importante é buscar soluções para promover a sua oferta de emprego, recorrendo a ações de comunicação e marketing expressamente dirigidas a potenciais candidatos.

"É preciso aceitar as mudanças nas condições do mercado de trabalho, dotar-se de políticas para melhorar o Employer Branding (marca empregadora) e engajar mais os profissionais, além de oferecer desafios profissionais estimulantes. Estes devem ser compromissos que os líderes e gestores de Logística, sobretudo de RH e Operações, devem assumir, atualizando métodos e abordagens", completa Carlos Martins, da Gi Group Holding do Brasil.

Além disso, o setor de logística precisa ainda usar o treinamento tanto para melhorar as habilidades dos funcionários existentes quanto como forma de atrair novos trabalhadores, segundo o estudo. Do ponto de vista dos trabalhadores, a pesquisa revela que 69% dos empregados do setor logístico consideram muito importante a formação e a aprendizagem contínua para se manterem atualizados.

Link relatório "Logistics Global HR Trends"

Website: http://www.gigroupholding.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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