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Seul envia equipe para conversas de paz na Coreia do Norte

Coreia do Sul anuncia envio de delegação a Pyongyang para discutir retirada de armas nucleares e melhoria dos laços na Península da Coreia.

4 mar 2018 - 09h13
(atualizado às 13h18)
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Neste domingo (4), o gabinete presidencial em Seul afirmou que o país vai enviar uma equipe de dez pessoas ao vizinho do Norte, nesta segunda-feira (05/03), para uma visita de dois dias com o objetivo de melhorar as relações bilaterais entre a Coreia do Sul e Pyongyang, como também discutir o reinício das conversações entre os EUA e a Coreia do Norte.

Enviados especiais sul-coreanos Chung Eui-yong e Su Hoon a caminho da Coreia do Norte
Enviados especiais sul-coreanos Chung Eui-yong e Su Hoon a caminho da Coreia do Norte
Foto: DW / Deutsche Welle

Seul disse que sua delegação à Coreia do Norte seria liderada pelo assessor de segurança nacional da presidência, Chung Eui-yong, e que iria realizar conversas com autoridades norte-coreanas de alto escalão não identificadas. A equipe também incluirá o chefe do serviço de inteligência sul-coreano, Suh Hoon, cujo papel foi fundamental na realização das duas cúpulas anteriores entre as duas Coreias, em 2000 e 2007.

"Os enviados especiais terão extensas discussões sobre diversos temas, incluindo a criação de condições para conversas entre os EUA e a Coreia do Norte com vista à retirada de armas nucleares da Península da Coreia e à melhoria dos laços intercoreanos", declarou o porta-voz do governo em Seul, Yoon Young-chan.

Yoon disse ainda que, depois da visita à Coreia do Norte, a delegação irá voar para Washington, onde irá informar o governo americano sobre as conversações em Pyongyang.

Sinal de aproximação

A planejada visita é outro sinal de aproximação entre as duas Coreias em meio a uma distensão que começou nas Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul.

Os Jogos de Inverno, que terminaram em 25 de fevereiro último, contaram com a presença da irmã do ditador norte-coreano, Kim Jong-um, naquela que foi a primeira visita de um membro do clã Kim à Coreia do Sul, desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Esse duelo terminou com a assinatura de um armistício, não um acordo de paz, o que significa que, tecnicamente, os dois lados ainda estão em guerra.

A reaproximação entre as duas Coreias reflete a abordagem conciliadora do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que defendeu o diálogo com o Norte em relação ao seu programa de armas nucleares em meio a fortes tensões com Washington.

CA/afp/rtr/dpa

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