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Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial faz alerta para importância do teste de Hepatites

95% dos casos de hepatite C, mais comum entre a população mundial, têm cura, afirma a OMS

27 jul 2017 - 16h53
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A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) reforça a importância da realização dos testes laboratoriais para detecção da hepatite e os cuidados para prevenir a doença não só no Dia Mundial de Combate às Hepatites, que é comemorado em 28 de julho, mas de forma recorrente. Isso porque a hepatite, principalmente a do tipo C, é comum entre a população, que em sua maioria não apresenta sintomas. Causada por um vírus que é transmitido pelo contato com sangue contaminado, a doença pode atacar o fígado e desencadear cirrose ou câncer.

Foto: DINO

As hepatites B e D são transmitidas principalmente por via sexual, uso de drogas endovenosas e por outras vias parenterais, como acupuntura, tatuagens e procedimentos cirúrgicos nos quais não sejam seguidos adequadamente os protocolos de descontaminação previstos. A hepatite C também é transmitida pelos mesmos mecanismos de infecção das hepatites B e D. "Para a hepatite C, pessoas que receberem transfusões de sangue ou fizeram cirurgias antes de 1993 tem um risco aumentado, pois não havia ainda triagem em bancos de sangue", alerta João Renato Rebello Pinho, médico patologista clínico membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

As hepatites A e E (tipo raro no Brasil) são transmitidas por via fecal-oral, principalmente por alimentos contaminados não higienizados adequadamente. Uma outra via importante de contaminação da hepatite A é o por sexo oral-anal, esta via de contato está associada com o aumento de incidência desta doença entre homem que fazem sexo com homens (HSH) que foi recentemente notada em vários países do mundo, entre eles o Brasil.

A boa notícia é que a maioria dessas doenças tem cura. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 95% dos casos mundiais de hepatite C, em um período de três a seis meses de tratamento, têm cura. "Atualmente existem tratamentos antivirais altamente eficazes para as hepatites B e C, que frequentemente evoluem para a remissão da doença e mesmo a cura em muitos casos, em particular para a hepatite C. O tratamento evita que a doença evolua para formas crônicas graves, cirrose hepática e câncer de fígado", sinaliza o patologista clínico membro da SBPC/ML.

Além de fazer o teste laboratorial, é fundamental tomar alguns cuidados para prevenir a doença. A SBPC/ML reforça alguns deles:

- Existem vacinas para hepatites A e B, que já fazem parte do esquema vacinal brasileiro. Pessoas que não tomaram estas vacinas quando crianças (já que estas foram adicionadas no calendário vacinal há apenas alguns anos), devem receber vacinas específicas para evitar estas doenças;

- Cuidados com relações sexuais devem ser adotadas, em especial o uso de preservativos para evitar a contaminação da hepatite A;

- Profissionais da saúde, pessoas nascidas até a década de 60, que fizeram cirurgias até 1993 ou que tiveram mais de um parceiro sexual sem preservativo, devem fazer exames para hepatites B e C;

- Pacientes vacinados contra a hepatite B estão também protegidos contra a hepatite Delta. A vacina contra a hepatite A é especialmente recomendada em pacientes que vão fazer viagens para regiões endêmicas, como é considerada grande parte do nosso país.

Para verificar a evolução da doença e seus tratamentos, hepatite será tema de discussão durante o 51º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (51º CBPC/ML), que acontece entre os dias 26 e 29 de setembro, no Palácio das Convenções do Anhembi Parque, em São Paulo.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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