Sócio de ministro de Lula seria funcionário fantasma do Senado, revela jornal
Gustavo Gaspar, sócio do haras de Juscelino Filho, recebia salário de R$ 17,2 mil, mas nunca foi visto no trabalho
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Gustavo Gaspar, sócio do haras de Juscelino Filho, ministro das Comunicações no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era funcionário fantasma enquanto trabalhou na liderança do PDT no Senado Federal, revela o jornal O Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira, 6. Após questionamentos da reportagem, Gaspar foi realocado para outro cargo.
Nos registros do Senado, Gustavo Marques Gaspar aparece como funcionário comissionado no Gabinete de Liderança do PDT com salário de R$ 17,2 mil. A reportagem esteve no local, porém, não o encontrou e também ninguém soube informar sobre o seu paradeiro.
Esse é mais um mal-estar envolvendo Juscelino e o governo Lula. Na tarde desta segunda-feira, o ministro e o presidente se reúnem para discutir seu futuro no governo. Lula espera uma explicação de Juscelino, que seja plausível o suficiente para que ele permaneça no governo, após denúncias de que ele fez uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para compromissos pessoais, como leilões de cavalo, conforme também revelou o jornal.
Família próxima
Gustavo Gaspar é sócio de Luanna Rezende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire (MA). Ele também é irmão de Tatiana Gaspar, assessora especial do Ministério das Comunicações, comandado por Juscelino, onde recebe vencimentos de R$ 13,2 mil. Antes de ser ministro, Juscelino já havia empregado o pai de Gaspar quando era deputado federal e lhe pagava salário de R$ 15,7 mil.
O sócio do haras foi realocado da liderança do PDT para a Segunda Secretaria do Senado, comandada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Ao Estadão, o chefe de gabinete do PDT, Silvio Saraiva, disse que o nome de Gaspar constava no sistema por causa de uma "falha".
“O exercício dele continuou aqui por falha mesmo. Deveria ter sido requisitado o exercício dele para o gabinete do senador Weverton. Não foi. Provavelmente, ele (Gaspar) está trabalhando na Segunda Secretaria, que é onde o senador Weverton está agora. Não deve estar nem no gabinete dele”, afirmou, sem dar maiores detalhes sobre a razão desta falha só ter sido notada agora e após os questionamentos da imprensa.
A reportagem chegou a visitar a Segunda Secretaria, onde Gaspar deveria trabalhar, mas também não o encontrou no local. Funcionárias que estavam no expediente tampouco souberam responder sobre o funcionário, alegando não saber de quem se tratava.
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