SP: padre que atropelou suspeito de furto afirma estar 'arrependido'
Padre foi afastado de suas atividades religiosas; vítima de atropelamento segue internada na UTI
O padre Gustavo Trindade dos Santos, de 37 anos, que atropelou um suspeito de furtar uma igreja Católica em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), afirmou por meio de nota divulgada pela Diocese de Ourinhos, nesta terça-feira, 10, que está "consternado e arrependido" pelo que fez. Ele foi afastado de suas atividades religiosas.
A Diocese de Ourinhos postou uma nota de esclarecimento na rede social, em que afirma que, juntamente com a Ordem dos Frades Pregadores (Dominicanos), lamentam o incidente envolvendo o frei Gustavo, que é pároco da Paróquia São Sebastião (Matriz).
"Informamos que frei Gustavo se encontra profundamente consternado e arrependido pelo trágico desfecho e conclama a todos os fiéis por orações pela vida do sr. Ângelo Nogueira, que está em recuperação na UTI da Santa Casa da cidade", afirmou a diocese.
A instituição religiosa também afirma que o padre está cooperando com as investigações e se colocou à disposição da Justiça para esclarecer o que for preciso e para eventual responsabilização.
Relembre o caso
Um suspeito de furtar a igreja foi atropelado por um carro na noite de sábado, 7. O motorista do veículo, que era o padre da paróquia, deixou o local sem prestar socorro. O suspeito está internado na Santa Casa de Misericórdia. Ele passou por uma cirurgia de descompressão craniana e segue internado em estado grave.
O atropelamento foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver o momento em que o homem é arremessado. Após o impacto, o motorista dá marcha à ré e deixa o local.
O suspeito furtou peças de roupas da Casa Paroquial, três moletons e uma camiseta. Ele teve a prisão em flagrante por furto decretada. O caso é investigado pela Polícia Civil. A ocorrência foi registrada e o padre poderá responder por omissão de socorro e tentativa de homicídio.
Em suas redes sociais, o padre Julio Lancellotti compartinhou o vídeo com imagens do atropelamento e reforçou que "um crime não justifica o outro".