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Startup brasileira cria banco de dados do zero e desafia as gigantes do setor

14 dez 2018 - 13h58
(atualizado em 15/12/2018 às 20h04)
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Há muito se diz que o brasileiro sofre da síndrome de vira-lata, ou seja, tem complexo de inferioridade diante dos demais do mundo, com níveis pessimistas que chegam a estrondosos 67% da população brasileira, segundo estudo "Beyond Populism" da Ipsos. Entretanto, isso está mudando com a entrada das novas gerações no mercado de trabalho. Jovens empreendedores vêm provando que aqui também nascem ideias inovadoras. Essa é uma das principais descobertas da pesquisa GEM 2017, do Sebrae/IBQP, que revela o novo perfil do empreendedor no País. Ela aponta que, no ano passado, a participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendedores em fase inicial cresceu de 50% para 57%. (Fonte: https://istoe.com.br/cresce-numero-de-jovens-empreendedores-no-brasil/) 

Foto: DINO / DINO

Há várias histórias bem-sucedidas e uma delas é do SlicingDice, que criou do zero um banco de dados analítico (OLAP - Online Analytical Processing), algo extremamente desafiador na área tecnológica.

Sem qualquer investimento externo, a equipe trabalhou durante cerca de dois anos no desenvolvimento da sua tecnologia de banco de dados. Entretanto, a ideia não era criar uma tecnologia para concorrer com as gigantes do setor. Era apenas para suprir a necessidade de sua holding, a Simbiose Ventures, com atuação voltada a plataformas de processamento intensivo de dados. Estamos falando de bilhões de dados de eventos e transações por mês, de milhões de usuários, para serem armazenados e consultados em tempo real por pelo menos 12 meses, tudo isso numa enxuta infraestrutura física composta por algumas dezenas servidores, não centenas, como ocorrem nas grandes empresas.

"Criar um banco de dados do zero é um enorme desafio técnico, pois abrange muito conhecimento (criar novos paradigmas, formas de armazenamento etc.) e altos recursos financeiros para contratar e formar experts que entendam como funciona os níveis mais profundos da computação ", revela Gabriel Menegatti, fundador do SlicingDice.

Assumir o desafio a que Menegatti se refere foi a única solução encontrada para atender a Simbiose. A holding, que nasceu em 2012, e trabalha com Big Data há diversos anos, tentou usar tradicionais soluções conhecidas de mercado, mas a maioria não suportava as necessidades técnicas. Entre elas, estão Google BigQuery, Amazon Redshift, ElasticSearch. As poucas que suportavam exigiam uma gestão complexa, uma equipe dedicada e grande investimento em infraestrutura e licenças de software.

Segundo o site DB-Engines (https://db-engines.com/en/ranking), atualmente existem pouco mais de 300 empresas de banco de dados no mundo; poucas delas realmente criaram um banco de dados do zero, isto é, desenvolveram uma tecnologia própria até na camada mais baixa, a do armazenamento de dados. Está entre essas empresas o SlicingDice, o primeiro brasileiro a ter uma tecnologia totalmente proprietária, que não é inspirada em alguma solução existente.

"Ao criarmos algo do zero, tivemos a oportunidade de repensar conceitos e verdades, de fazer algo totalmente diferente e inédito, levando em consideração o cenário da computação atual, e não a de 10 ou 20 anos atrás", explica Menegatti. Daí, surgiu a principal inovação tecnológica do SlicingDice: a compressão dos dados.

Para se ter uma ideia, o SlicingDice é duas vezes e meia mais rápido e econômico que a Terark, startup chinesa considerada uma das melhores do mundo em compressão de dados e que, recentemente, recebeu investimentos vultosos de fundos americanos. Um exemplo, com números: um banco de dados com 9.300 MB de tamanho são comprimidos pela startup brasileira a apenas 980 MB, ao passo que a concorrente chinesa, a 2.579 MB.

O resultado dessa inovação tecnológica é um banco de dados praticamente com capacidade infinita, 100% cloud, escalável, redundante e seguro. Além disso, devido a alta taxa de compressão, os dados ocupam menos espaço de armazenamento e, consequentemente, com maior velocidade a um custo bem menor.

O SlicingDice é bem atrativo diante das tradicionais Amazon, Google e Oracle, em vários aspectos, como contar com garantia pública de velocidade (SLA - Service Level Agreement), que é relevante: a resposta das consultas (queries) são realizadas em até 10 segundos apenas. Além disso, é totalmente full service, já que inclui ferramentas de ETL (Extract, Transform and Load) e de BI (Business Intelligence) totalmente integradas, o que dispensa custos em licenças para uso desses softwares. É simples de operar e não exige expertise técnica do cliente, sendo uma opção até para uma pequena empresa que queira trabalhar com inteligência de dados. "Ninguém, no mundo, tem uma solução totalmente integrada e com custo acessível; somos os pioneiros!", destaca Menegatti.

Todas essas inovações são apenas o meio para que o SlicingDice atinja o que interessa. Enquanto ele cuida da infraestrutura de dados, a sua empresa pode se focar no que realmente importa: concentrar todos os esforços em seu core business e extrair insights e oportunidades para seu próprio negócio usando dados, sem se preocupar com a administração de nenhuma infraestrutura, nem sequer os servidores.

Apesar de ainda ser uma empresa jovem, segundo Menegatti, o "SlicingDice já é multinacional e lucrativo, visto que a maioria dos nossos clientes estão fora do Brasil". Além disso, a startup brasileira vem despertando o interesse até mesmo do governo americano, que já a procurou interessada em utilizar sua tecnologia para armazenar e analisar dados em larga escala.

Quem sabe essa inovadora startup seja mais um exemplo de tecnologia criada no Brasil que ajude a dissipar a síndrome de vira-lata que tanto nos persegue.

Por Sandra Regina da Silva,

Jornalista freelancer, que escreve sobre business,

gestão empresarial, startups, entre outros temas.

Website: https://www.slicingdice.com/

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