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STJ decide nesta quarta (13) sobre permissão para cultivo de cannabis medicinal

13 nov 2024 - 06h45
(atualizado às 09h50)
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A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará, nesta quarta-feira (13), uma ação que pode abrir precedentes para o cultivo da planta Cannabis sativa com finalidades medicinais no Brasil.

Possiblidade do cultivo da planta Cannabis sativa para fins medicinais está em análise no STJ
Possiblidade do cultivo da planta Cannabis sativa para fins medicinais está em análise no STJ
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O julgamento determinará a legalidade da importação de sementes e o cultivo de plantas de cannabis com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol) — o composto psicoativo da maconha. A autorização, se aprovada, estará restrita a usos medicinais e industriais, sem a possibilidade de uso recreativo.

Cultivo de plantas com baixo THC e alto CBD

Variedades da planta com níveis reduzidos de THC não apresentam efeitos entorpecentes, o que inviabiliza o uso recreativo, mas permitem aplicação em medicamentos. Essas plantas também são ricas em CBD (canabidiol), uma substância que não causa dependência e tem ampla utilidade terapêutica.

O CBD tem sido usado para tratar uma série de doenças, incluindo câncer, Alzheimer, epilepsia e Mal de Parkinson, por exemplo, devido a suas propriedades analgésicas e neuroprotetoras.

Processo e suspensão de ações

O caso em discussão no STJ envolve um pedido específico para importar uma variedade da planta conhecida como cânhamo industrial. A decisão, uma vez tomada, deverá ser seguida por tribunais de todo o país. Até lá, processos relacionados ao tema estão suspensos.

Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permita a importação de canabidiol para a fabricação de remédios, o cultivo da planta em território nacional ainda não é regulamentado. A empresa que moveu a ação, especializada em biotecnologia, busca autorização para produzir diretamente a planta no Brasil. O processo é relatado pela ministra Regina Helena Costa, que conduziu uma audiência pública sobre o tema em abril.

Na ocasião, Arthur Ferrari Arsuffi, representante da empresa, ressaltou que a proibição do cultivo obriga a importação do insumo essencial para a fabricação dos medicamentos. "É um protecionismo às avessas: podemos produzir os medicamentos aqui, mas temos que importar a matéria-prima. Quem se beneficia com isso? Não é o cidadão brasileiro, cujos produtos acabam encarecendo", afirmou ele.

Perfil Brasil
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