Suspeita de envenenar namorado com doce fez empréstimo de R$ 60 mil e doou valor para cigana
Revelação foi feita pelo padrasto de Júlia Cathermol Pimenta ao jornal 'O Globo'
Marino Bastos Leandro, de 74 anos, padrasto de Júlia Cathermol Pimenta, suspeita de matar seu namorado com um doce envenenado, pegou R$ 60 mil emprestados com ele e depois doou todo o valor para a cigana Suyany Breschak, suspeita de ser mandante do crime. Júlia alegou que iria usar a quantia para investimentos, mas depois confessou ao padrasto que a quantia foi entregue à Suyany. Ao saber que foi enganado, Marino Leandro contou à polícia que questionou Júlia: "Como você pôde fazer uma coisa dessas comigo?". As informações são do jornal O Globo.
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Júlia namorava Luiz Marcelo Ormond. Ele morreu no dia 17 de maio, mas o seu corpo foi encontrado apenas no dia 21. Ela se entregou na 25ª DP (Engenho Novo), no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira, 4. Já Suyany está presa desde o último dia 28. Segundo as investigações, a 'cigana' é a principal suspeita de ser mandante do crime.
A polícia também irá pedir a quebra do sigilo bancário de Júlia, assim como o de Luiz Marcelo. "Pretendemos obter uma autorização para então analisar algumas contas bancárias, até mesmo para nós termos a dimensão do valor que era movimentado pela vítima", explicou o delegado Marcos André Buss, ao jornal.
Marino prestou depoimento também na noite de terça-feira, 4, assim como sua mulher, Carla Cathermol de Faria, mãe de Júlia.
Relembre o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado pela própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. O caso aconteceu no último dia 17, quando os dois foram vistos pela câmera de segurança do elevador do prédio onde ele morava, no Engenho de Dentro.
Segundo a investigação, nas imagens, o empresário aparece segurando um prato com um brigadeirão. A suspeita é que Júlia já tivesse envenenado o doce para matar o companheiro. Luiz Marcelo foi encontrado morto, em estado avançado de decomposição, após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento, e acionarem as autoridades.
O corpo de Luiz estava no sofá, com dois ventiladores ligados, um no teto e um no chão, em direção à janela aberta. Os aparelhos foram ligados em uma tentativa de Júlia de disfarçar o forte odor, já que ela ficou no apartamento por cerca de três dias, junto do corpo do namorado.
O laudo da necrópsia não aponta a causa da morte, mas indica uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima. Também foi identificado um analgésico forte na cena do crime. Foi apurado que Júlia, 9 dias antes das imagens do elevador, foi até uma farmácia e pediu o medicamento de uso controlado.
Desde o último dia 20, a polícia apura a causa da morte do empresário. A polícia suspeita que Júlia tenha planejado o crime junto da cigana Suyany Breschak, que está presa no Rio de Janeiro. Ela teria se apropriado de bens de Luiz para tentar obter dinheiro e amortizar uma dívida de R$ 600 mil com a cigana.
Júlia contratava os serviços de Suyany para que homens e familiares não descobrissem que ela era garota de programa. Ela prestou depoimento à polícia, dizendo que Luiz estava vivo quando ela saiu do apartamento, e que não sabia da morte dele.