Suspeita de matar família com bolo envenenado é investigada pela morte do pai; confira
Suspeita de matar família será investigada pela morte do pai; além dos dois crimes, Deise dos Anjos pode ter assassinado mais uma pessoa
Deise Moura dos Anjos, suspeita de ter matado quatro pessoas de sua família com bolo envenenado, também será investigada por uma morte ocorrida em 2020. Segundo a Polícia Civil, a vítima é seu próprio pai, José Lori da Silveira.
Qual é a suspeita?
Na época do ocorrido, a morte de José, aos 67 anos, foi registrada como cirrose. No entanto, após a tragédia que deixou quatro mortos no Rio Grande do Sul, as autoridades resolveram reabrir a investigação. A suspeita é que Deise tenha envenenado o pai gradualmente, com a mesma substância utilizada para matar os familiares com o bolo.
Além dos dois crimes, Deise também é suspeita de ter assassinado Paulo Luiz dos Anjos, seu sogro, em setembro de 2024. Após exumação do corpo, foi confirmado pelo Instituto-Geral de Perícias que o homem ingeriu veneno, presente no leite em pó enviado pela nora, antes de seu falecimento.
Entenda o caso
Na semana do Natal de 2024, uma tragédia nada comum abalou a cidade de Torres, no Rio Grande do Sul. Três pessoas da mesma família morreram após ingerirem um pedaço de bolo durante confraternização. Diversos familiares começaram a apresentar sintomas de mal-estar e foram encaminhados para atendimento médico. Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, e Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, não resistiram e faleceram no mesmo dia.
Em entrevista ao G1, Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IPG), disse que, após análises laboratoriais, foi possível concluir que a farinha utilizada no preparo do bolo estava envenenada. "Foram identificadas concentrações altíssimas de veneno nas três vítimas, tão elevadas que são tóxicas e letais", explicou.
A polícia prendeu a principal suspeita do crime, Deise Moura dos Anjos. A mulher é nora de Zeli dos Anjos, de 61 anos, responsável por preparar o bolo na ocasião. De acordo com o Jornal Zero Hora, em depoimento prestado à polícia, Deise admitiu ter um relacionamento conflituoso com a sogra, mas ressaltou que nunca desejou seu mal. Segundo o TJRS, um relatório preliminar extraído do celular de Deise indica que ela realizou buscas na internet relacionadas ao veneno encontrado nos corpos das vítimas fatais.