Técnico de vôlei é condenado a 60 anos de prisão por acusação de estupro contra atletas adolescentes
Homem assediava alunos de um projeto social e ameaçava desligá-los de equipe caso o denunciassem
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Um técnico de vôlei foi condenado a 60 anos de prisão por acusação de crimes sexuais contra atletas adolescentes que eram seus alunos. Conforme decisão divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem foi sentenciado por crimes de estupro de vulnerável, indução de jovens ao uso de drogas e álcool e submissão a situações vexatórias.
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André Testa era treinador em São José, na Grande Florianópolis. Segundo a denúncia do MPSC, o técnico se aproveitava da posição e da admiração de adolescentes para constranger e estuprar as vítimas. Na época, ele fazia parte de um projeto social coordenado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos.
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Os crimes aconteciam nas duas "casas atletas" mantidas pela gestão municipal. Os locais abrigavam 11 meninos e cinco meninas que atuavam no time de vôlei. Sob a responsabilidade do treinador, esses atletas eram assediados e induzidos a ingerir bebidas alcóolicas até a ocorrência do estupro.
Para não ser pego, segundo o MPSC, Testa ameaçava desligar os jovens do projeto e prometia crescimento profissional em troca de silêncio.
Técnico deve recorrer em liberdade
Apesar da condenação, o treinador poderá recorrer em liberdade. André Testa foi sentenciado à pena de 60 anos de reclusão em regime inicial fechado, além de três anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto e 110 dias-multa.
A decisão leva em consideração quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, além de uma outra condenação por estupro e uma por constrangimento ilegal. O técnico ainda foi indiciado por induzir crianças e adolescentes a ingerirem bebidas alcóolicas e por instigar o uso indevido de droga.
A reportagem não encontrou a defesa de André Testa, mas segue com o espaço aberto para contato.
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