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1º app de funk do Brasil quer dar oportunidade aos jovens

Criado por um advogado e um profissional de marketing que são irmãos, BatalhaFUNK quer dar vez e voz aos jovens 'escondidos' pelo País

23 abr 2021 - 18h42
(atualizado às 18h44)
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Lançado no final do ano passado depois de quatro anos de desenvolvimento, o aplicativo BatalhaFUNK tem como objetivo facilitar a criação de músicas por parte de usuários que sonham em se tornar artistas do gênero musical no País ou que apenas querem se divertir e se conectar com pessoas do funk. Criado por dois irmãos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o aplicativo já soma mais de 20 mil downloads nas lojas Apple Store (IOS) e Google Play (Android).

Dentro do app, é possível criar músicas de funk com diferentes batidas disponibilizadas por DJs parceiros da plataforma e publicar no feed, seguir usuários e participar de batalhas de rimas. Quanto maior o engajamento da comunidade, com curtidas, comentários, visualizações e duelos vencidos, o participante sobe no ranking criado pelo aplicativo.

Erick e Kelvin Lopes, irmãos que fundaram o app BatalhaFUNK
Erick e Kelvin Lopes, irmãos que fundaram o app BatalhaFUNK
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação

Idealizador e co-fundador do aplicativo, Kelvin Lopes, que atualmente vive no Canadá, explica que a sua proximidade com as batalhas de rap foi importante para a concepção do BatalhaFUNK.

“Cresci na cidade de São Bernardo do Campo, muito envolvido com a cultura do Hip Hop, cresci fazendo grafite, basquete de rua e com uma afinidade muito grande com Rap e as batalhas que ocorrem em São Paulo”, afirma.

Com início do desenvolvimento do app em 2016, o profissional de marketing explica como a ideia surgiu.

“Sempre gostei muito dessa área e quando comecei a fazer um blog online, a ter uma atração muito boa e chegar a 15 mil seguidores no Instagram, tive a oportunidade de fazer uma parceria com um amigo meu do Canadá, onde eu estava por alguns meses para estudar e jogar basquete, me tornando o embaixador de um aplicativo de música que ele estava desenvolvendo. Em meio a isso sugeri que o app também deveria focar no público brasileiro porque tem muito talento musical aqui no País, principalmente no rap e com o funk em crescimento e propus essa ideia para ele, que infelizmente, por desconhecer o Brasil, descartou a ideia.”

Mesmo assim, Kelvin afirma que não desistiu e que apesar de não ter investimento para a criação do aplicativo, buscou freelancers que atuavam na área em diversos países para que o projeto fosse adiante. 

“E aí foi que surgiu a ideia de criar um aplicativo de música para o público brasileiro e, na mesma época, por coincidência, um dos meus melhores amigos no Brasil estava estudando TI e aprendendo a fazer aplicativos, então conversamos sobre diversas ideias e ficamos entre um app de batalha de rap e funk, mesmo eu tendo uma afinidade maior por rap, o funk estava com um crescimento grande, público engajado, e não tinha muita oportunidade para artistas do segmento e pensei: por que não criamos um app de funk para dar vez e voz para todos esses talentos do Brasil?”, conta.

Com isso, o irmão de Kelvin, Erick Lopes, que hoje atua na administração do aplicativo, começou a colaborar no desenvolvimento do app.

“Somos uma Startup em desenvolvimento no mundo da tecnologia, com o primeiro e único aplicativo social de funk do Brasil, como se fosse um Instagram para se ter uma referência, pois tem toda parte social, perfil, seguidores, chat, tudo ligado ao mundo do funk você tem ali dentro”, diz Erick. 

De acordo com os fundadores do aplicativo, alguns produtores estão observado pessoas que se destacam dentro da plataforma, seja por serem bons cantores ou por terem letras interessantes.

“Foge das nossas mão às vezes, mas é o objetivo sendo alcançado e, do outro lado, vemos  usuários compartilhando que o nosso aplicativo é "a salvação, o sucesso que pode alcançar e agora temos essa possibilidade”, diz Erick, que acrescenta. “Um deles disse que nem computador tem e agora poderá gravar a música e mostrar para todo o mundo.”

Além disso, avaliam que com o aplicativo estão criando uma comunidade, com um benefício mútuo entre os artistas e DJs que têm uma exposição nacional e os usuários que podem utilizar os beats e as ferramentas desenvolvidas pelo app.

Fundador explica como funciona o BatalhaFUNK:

“A gente faz parceria com DJs, é um benefício para ambas as partes, o DJ tem exposição no aplicativo e dá a oportunidade do usuário gravar sua voz com o beat desse artista dentro do BatalhaFUNK”, afirma o idealizador do projeto.

Que exemplifica. “A gente tem até uma parceria com um DJ chamado PSK Beat, que ajudou um rapaz de dentro do aplicativo a criar um som profissional, pois ele vinha se destacando, que a gente conseguiu conectar através da plataforma. E o interessante é que eles são de regiões diferentes, o MC JC é de São Paulo e, o DJ, do Sul.

No app, o usuário pode compartilhar a música ou a batalha com os amigos através de um link, mas quem recebe não precisa necessariamente se cadastrar no app, como o Tik Tok, por exemplo. Todas as funcionalidades são grátis. 

Atualmente, os irmãos são quem tocam o projeto BatalhaFUNK. Segundo eles, o objetivo que têm em mente é de dar vez e voz a todos os talentos escondidos no País.

Fonte: Redação Terra
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