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Apple e Facebook encontram algo para elogiar a China em meio à repressão na Internet

5 dez 2017 - 10h47
(atualizado às 18h25)
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Importantes executivos da Apple e do Facebook conseguiram encontrar algo para elogiar Pequim em uma conferência sobre Internet na China nesta semana, mesmo com as regras do Partido Comunista proibindo as redes sociais ocidentais e selando a dissidência online.

Botão de curtir do Facebook na sede da empresa em Paris, França
27/11/2017 REUTERS/Benoit Tessier
Botão de curtir do Facebook na sede da empresa em Paris, França 27/11/2017 REUTERS/Benoit Tessier
Foto: Reuters

A Conferência Global de Internet, na China, atraiu os chefes do Google e da Apple pela primeira vez para ouvirem a promessa da China de abrir sua Internet, desde que possa proteger o espaço cibernético da mesma forma que resguarda suas fronteiras.

O tácito apoio dos importantes executivos de tecnologia dos EUA vem em um momento em que a China introduz regras mais duras sobre censura e armazenamento de dados, causando dor de cabeça para empresas de tecnologia estrangeiras que têm permissão para ter negócios na China e sinalizando que as restrições que banem as demais empresas não devem ser removidas tão cedo.

"Eu cumprimento o governo chinês em termos de liderança no uso de dados", disse o vice-presidente do Facebook, Vaughan Smith, nesta terça-feira, citando órgãos do governo como a Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (Miit, na sigla em inglês)

"O governo chinês, a CAC e o Miit estão fazendo um trabalho fantástico nisso".

O Facebook e o Google não podem ser acessados na China devido ao Great Firewall do país, junto com os principais veículos de imprensa e redes sociais do Ocidente, enquanto a Apple sofre severa censura. A empresa norte-americana removeu dúzias de populares aplicativos de mensagens e aplicativos de redes virtuais privadas (VPN, na sigla em inglês) de sua App Store chinesa este ano para cumprir as determinações do governo.

"O tema desta conferência, o desenvolvimento de uma economia digital para abertura e benefícios compartilhados, é uma visão que a Apple compartilha", disse o presidente-executivo da companhia, Tim Cook no domingo. A audiência o aplaudiu duas vezes - uma vez quando foi apresentado no pódio e novamente quando fez uma reverência.

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