As 10 fotos mais bonitas que a ciência nos proporcionou em 2017
A ciência é, acima de tudo, útil e necessária. Mas nem só de pragmatismo vive o saber científico: belas fotografias registraram os avanços tecnológicos e fenômenos naturais neste ano. Veja abaixo um apanhado dos fenômenos científicos mais bonitos capturados em fotografias durante o ano de 2017.
1. Mar Neon
Esta luz azul neon brilhando nas águas da costa marítima do País de Gales foi fotografada no dia 18 de junho de 2017 por Alyn Wallace, que explicou haver pouca luz de estrelas no céu no momento do registro. O fenômeno da natureza, apesar de sua aparência sobrenatural, é de simples explicação: plânctons bioluminescentes, quando são agitados pelo movimento das águas, emitem luzes fluorescentes como as registradas na imagem. Como as fotos foram feitas em uma noite com pouca luminosidade no céu, o fenômeno estava especialmente visível, para nooossa alegria!
2. Onde há fumaça...
Esta foto incrível foi feita no dia 10 de dezembro e retrata o maior incêndio ocorrido no estado da Califórnia, nos EUA, o Thomas Fire. A nuvem cinza imensa é chamada de pirocumulus, e se forma na associação da fumaça liberada pelas queimadas florestais em contato com o ar aquecido pelo incêndio, criando um movimento ascendente em direção aos céus.
3. Polímero dançante
Esta foto, publicada em junho, é um timelapse, ou seja, é o resultado da sobreposição de diversas fotos tiradas ao longo de um determinado período, num mesmo ângulo, com o mesmo objeto, mostrando sua evolução. E o tal objeto, por mais que se pareça com alguma espécie de minhoca, é um polímero, completamente inorgânico. Entretanto, esse é um polímero formado por materiais sensíveis à luz que, quando iluminados, expandem e dão essa impressão de movimento. A pequena amostra do material que se move na luz consegue até carregar alguns objetos leves consigo. Útil e belo!
4. Isolamento gelado
Esta imagem foi feita pelo satélite francês Plêiades, que fica a 700 km de distância da Terra. A imensidão branca é o gelo da Antárdida e essa linha preta é um comboio de tratores levando suprimentos para o centro de pesquisas Concordia. Ele fica tão isolado que são necessários dez dias para que cheguem ao centro. Cansou de viver na cidade e quer se isolar? Vire um pesquisador no Concordia.
5. Destruição
Esta imagem é um tanto triste e foi publicada em janeiro. Trata-se da visão gerada por satélite da cidade de Palmira, uma antiga cidade semita, fundada ainda no período neolítico, que fica a 215 km de Damasco, capital da Síria. Palmira foi atacada pelo grupo radical Estado Islâmico e a imagem mostra dois pontos turísticos que foram devastados durante a invasão: o Tetrapylon e o Teatro Romano. A tristeza não para por aí: antes desta imagem ser registrada, o EI usou o Teatro para execuções de locais.
6. Não é lava
Parece lava, mas não é. Esta é a queda de água Horsetail (que, em tradução livre, significa cauda de cavalo) de Yosemite, na Califórnia, EUA. Durante os meses de fevereiro, por alguns poucos minutos ao fim do entardecer, é possível ver a queda de água adquirir essa coloração alaranjada e parecer lava. O fenômeno ocorre devido ao ângulo do sol durante o crepúsculo, que reflete nas águas, dando essa impressão de lava.
7. Pilares de Luz
Esta imagem foi tirada em Ontário, no Canadá, em 6 de janeiro de 2017 e retrata o fenômeno natural dos Pilares de Luz, causado pela precipitação de minúsculos cristais de gelo com superfícies lisas que refletem a luz da superfície terrestre em forma de listras ascendentes.
8. Saudosa Cassini, Cassini querida
A sonda Cassini, da NASA, esteve em missão em Saturno até setembro de 2017, quando terminou seus serviços e se sacrificou na atmosfera do planeta (não pense em suicídio). Entretanto, a Cassini nos presenteou com inúmeras fotos do planeta anelado. Estas serão, provavelmente, as únicas imagens que teremos de Saturno por um bom tempo, pois missões para lá são caras e demoram muitos anos. Obrigado, Cassini!
9. Nuvens dramáticas
A Organização Mundial de Meteorologia atualizou suas classificações de nuvens em 2017 e inseriu uma nova categoria: as Nuvens Asperitas. Elas têm um visual dramático que dá a impressão que o céu cairá sobre as nossas cabeças. Por Tutatis!
10. Resultado de muito trabalho
Quer saber mais sobre o relevo e as dimensões da Antártida? Esta imagem em 3D do continente gelado foi publicada em março como resultado dos trabalhos que a Agência Espacial Europeia vem fazendo há seis anos com dados coletados pelo satélite CryoSat. Durante esse tempo, mais de 250 milhões de ações foram feitas para medir e mapear o extremo sul do planeta. O círculo branco no meio do continente marca o posicionamento do ponto mais central do Polo Sul.