Conar proíbe veiculação de propaganda da Nextel com ator ruivo da Vivo
A peça publicitária feita pela Nextel com o ator João Cortês, mais conhecido como "o ruivo da Vivo", que faz referência também à Oi, Claro e Tim, será julgada pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). O julgamento ainda não tem data marcada para ocorrer, provavelmente acontecendo em maio, mas uma antecipação de tutela em favor das concorrentes que entraram com o pedido na agência reguladora, Tim e Oi, foi concedida por uma conselheira do Conar, exigindo que a campanha seja imediatamente retirada de circulação, tanto na TV quanto na internet.
A Nextel e a agência de publicidade responsável pela peça, a Tribal Worldwide, foram informadas da decisão, que não estipula sanções no caso de descumprimento da ordem. O Conar não dispõe de jurisdição para obrigar a interrupção da propaganda.
O ator João Cortês, o tal "ruivo da Vivo", estrelou propagandas para a operadora até 2016, e agora aparece na publicidade da Nextel dizendo "Faça como eu, mude para a Nextel".
O julgamento
Concessões de liminares como essa não são comuns no Conar. Geralmente, o rito após o recebimento de pedido de julgamento inclui abertura da ação e então avaliação por relatores, que encaminham as reclamações para o conselho de ética do órgão, que, por sua vez, decide o proceder.
No caso específico da Nextel, a partir da concessão da liminar, que ocorreu na última quarta-feira (14), começa a contar o prazo de 45 dias para que o julgamento ocorra.
Procurada pela equipe do Canaltech, a Vivo informou que não deseja se pronunciar sobre o ocorrido.