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Experimento mostra que o tempo pode não "andar" somente para frente

27 dez 2017 - 16h33
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O tempo sempre "anda" para frente, certo? Ainda que a ciência ainda não tenha desvendado todos os mistérios sobre o conceito de tempo, até os dias de hoje não se é possível fazer o tempo voltar a algum episódio passado. Mas físicos criaram condições específicas para provar que o tempo pode, de alguma forma, se comportar de maneira diferente, aparentemente indo para trás.

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Foto: Canaltech

A equipe contou com especialistas de instituições internacionais, incluindo as brasileiras Universidade de São Paulo, Universidade Federal do ABC e Centro Brasileiro de Pesquisas Fïsicas, além das gringas Universidade de Tecnologia e Design de Cingapura, Universidade Nacional de Cingapura, Universidade de York (Reino Unido), e Universidade de Erlangen-Nuremberga (Alemanha).

O estudo, apesar de não viabilizar uma viagem no tempo propriamente dita, pode ajudar a ciência a compreender melhor por que o universo e tudo o que há nele somente caminha em uma direção, quando o assunto é o tempo. Para o experimento, os pesquisadores decidiram analisar o movimento da energia, seguindo os princípios da entropia.

De acordo com leis da termodinâmica, objetos quentes tendem a esfriar quando colocados em ambientes mais frios, não ocorrendo o inverso. Então, os físicos decidiram observar o comportamento do clorofórmio misturado com acetona, usando um campo magnético forte para alinhar os núcleos atômicos de carbono e hidrogênio do clorofórmio, ao serem suspensos na solução de acetona, manipulando suas propriedades.

Dessa forma, os pesquisadores puderam analisar o comportamento da substância à medida em que ela foi lentamente aquecida usando ressonância magnética nuclear. Mas o que isso tem a ver com o tempo? É que, pelas regras da física, quando um núcleo é aquecido, ele transfere movimentos aleatórios para as partículas mais frias até que tudo esteja com a mesma temperatura. Em condições normais, é isso o que acontece, mas, no experimento, os pesquisadores observaram uma exceção: as partículas de hidrogênio, quando aquecidas, acabaram ficando ainda mais quentes, enquanto o carbono ficou mais frio ainda.

Traduzindo a coisa toda, o estudo descobriu um equivalente termodinâmico da reversão do tempo, ainda que limitado a uma escala microscópica. Ainda que a descoberta possivelmente não proporcione estudos que levarão à criação de uma máquina do tempo, o estudo revela que o tempo não caminha absolutamente somente para frente, podendo ser manipulado em condições específicas.

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