SENAI e e Visiona anunciam criação do primeiro satélite da indústria nacional
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) anunciou uma parceria com a Visiona Tecnologia Espacial para projetar e construir o primeiro nanosatélite brasileiro de alta resolução espacial, responsável por fazer a coleta de dados de estações hidrometeorológicas. A parceria também tem planos para idealizar projetos de Internet das Coisas.
A Visiona é uma joint venture criada pela Embraer Defesa e Segurança e a Telebras com o objetivo de fazer a integração de sistemas espaciais.
Uma das tarefas a ser cumprida pelo satélite é servir de laboratório para o desenvolvimento e validação de tecnologias espaciais que serão desenvolvidas pela Visiona e pelo SENAI. Entre essas atividades se destacam soluções de softwares de navegação, guiagem e controle, de supervisão de bordo e de rádio definido por software.
Com estimativa de custo de R$ 12 milhões, o projeto será executado na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, em parceria com o Instituto de Inovação em Sistemas Embarcados.
Planos
Medindo apenas 10 x 20 x 30 centímetros, o nanosatélite será capaz de dar uma volta na Terra a cada hora e meia em uma órbita de 600 quilômetros. Para comparação, a distância é um pouco maior que entre os extremos leste e oeste de Santa Catarina.
Serão coletadas imagens e informações ambientais, principalmente em relação à qualidade da água. Com uma câmera de alta resolução, o satélite vai gerar imagens de sensoriamento remoto com qualidades geométrica e radiométrica confiáveis; com isso, será possível utilizar as fotografias e dados na área de agronegócio e agricultura de precisão, meio ambiente e monitoramento de desmatamento, em questões de desastres naturais e enchentes, deslizamentos de encostas, no Cadastro Ambiental Rural, entre outros setores.
Durante a fase de testes de operação serão realizados estudos em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina para experimentos de cidades inteligentes e sua interligação em "estados inteligentes".
O projeto, assinado na segunda-feira (21) deve contar com aporte de R$ 7,8 milhões como apoio da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), sendo o restante custeado pelo próprio SENAI e pela Visiona.