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Brasileiro vê pornô no trabalho e afeta segurança, diz estudo

Estudo da Kaspersky Lab revelou que a negligência contribui em 46% dos incidentes de cibersegurança nas empresas.

16 jan 2019 - 08h22
(atualizado às 08h30)
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Aquela olhadinha do funcionário a sites de pornografia durante o horário de trabalho pode estar custando caro para as empresas. Vírus e trojans disfarçados  de players de vídeos pornôs estão literalmente fazendo a festa e, como era de se esperar, os homens são os que mais dão uma “espiadinha” em pornografia com a mesma máquina que mais tarde fazem alguma compra online. Sentiu o tamanho da encrenca?

Segundo o estudo regional da Kaspersky Lab, desenvolvido pela consultoria de pesquisa de mercado chilena CORPA, 19% dos homens latino-americanos admitem ver conteúdo adulto em seus computadores do trabalho. De acordo com os resultados, os peruanos são os que mais acessam este tipo de conteúdo (26%), seguidos pelos brasileiros (24%), mexicanos e argentinos com 19%. Os que menos procuram conteúdo sexual no escritório são os chilenos (14%) e colombianos (12%). As mulheres também responderam a esta pergunta e as colombianas lideram este hábito, com 13%, seguidas das peruanas (10%), mexicanas e brasileiras com 9%. No fim da lista estão as argentinas e as chilenas com 7% e 4%, respectivamente.

Foto: Alejandro Escamilla / Unsplash.com / Montagem Canal Digital

De acordo com o estudo, os trojans bancários disfarçados de players de vídeo pornô estão em segundo lugar entre os tipos mais difundidos de malware dirigido por pornografia, seguido por malware com acesso root e ransomware. O último, em muitos casos, usa táticas de scareware: um programa malicioso que bloqueia a tela e exibe uma mensagem que indica que o conteúdo ilegal foi detectado e, portanto, o dispositivo foi bloqueado. Para desbloqueá-lo, a vítima deve pagar por um resgate.

A pesquisa faz parte da campanha Ressaca Digital, promovida pela Kapersky Lab para aumentar a conscientização sobre os riscos aos quais os usuários da internet estão expostos quando navegam sem precauções. Aalém de olhar por conteúdo sexual no trabalho, os homens são os que mais realizam compras online no trabalho. Em média, 42% deles o fazem, principalmente os jovens entre 25 e 34 anos. Em contrapartida, as mulheres entre 18 e 24 anos de idade são as que menos compram pela internet no horário do expediente.

Mas o grande vilão é o e-mail pessoal: 73% dos trabalhadores latino-americanos – homens e mulheres – declaram ler seu correio eletrônico no escritório e 49% afirmam que verificam e postam em suas redes sociais. Destes, 40% não vêem grandes inconvenientes e usam como justificativa o fato de passarem a maior parte do dia no trabalho.

Foto: Kaspersky Lab / Reprodução

Além disso, 25% dos latino-americanos dizem que não têm um laptop projetado exclusivamente para o trabalho e, se tivessem, 30% o conectaria a uma rede pública Wi-Fi (cafés, restaurantes e aeroportos) se estivessem fora do escritório, enquanto apenas 8% dizem que se conectariam a uma rede virtual privada (VPN).

"As práticas negligentes de alguns colaboradores podem causar sérios danos às empresas, pois aumentam o risco de vazamento de dados corporativos confidenciais", afirma Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de pesquisa e análise da Kaspersky Lab para América Latina. "O risco de infecção existe e está presente em ambos os sites adultos e aqueles que não têm nada a ver com pornografia. No caso do primeiro, os golpistas estão bem preparados para atrair usuários. No entanto, evitar que os funcionários acessem pornografia online ou aplicativos suspeitos não é uma prática efetiva. O mais importante é manter sempre os dispositivos protegidos, tanto dos próprios trabalhadores quanto de toda a organização."

Para 30% dos entrevistados que afirmaram pertencer a uma empresa com mais de 300 funcionários, apenas 44% seguem uma política de segurança corporativa que protege o uso de celulares ou laptops corporativos. Outros 35% não são controlados por nenhuma política e 21% não sabem se sua empresa conta com alguma regra neste sentido. Destes, 29% correspondem a jovens entre 18 e 24 anos.

Exemplo de phishing com suposto update do Flash
Exemplo de phishing com suposto update do Flash
Foto: Kaspersky Lab / Reprodução

"Os funcionários, sendo os usuários finais, são o elo mais fraco da cadeia na cibersegurança, já que seus maus hábitos online colocam em risco as redes corporativas e os dados confidenciais das empresas. Uma investigação realizada no início do ano revelou que a negligência dos funcionários contribuiu para 46% dos incidentes de empresas em 2017, o que demonstra a importância de organizações estabelecerem políticas e normas de segurança de TI e que eles o façam de uma maneira viável para todos os colaboradores, e não apenas para aqueles que são especialistas na área", acrescenta Bestuzhev. "Nesse sentido, uma boa solução de segurança para todos os terminais conectados à rede corporativa, juntamente com o treinamento de funcionários no reconhecimento e prevenção de ameaças, ajudará a proteger as informações mais confidenciais da empresa.”

Para aumentar a segurança das organizações, a Kaspersky Lab recomenda que empresas menores instalem o Kaspersky Small Office Security ou o Kaspersky Endpoint Security Cloud, enquanto médias e empresas de grande porte precisam de configurações de segurança avançadas e aplicativos específicos para melhor a proteção de dispositivos móveis, servidores e e-mail na suite do Kaspersky Endpoint Security for Business.

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