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Vendas pelo celular impulsionam comércio eletrônico em 2018

Com sistemas cada vez mais seguros, a opção pelas compras online é proporcionada, principalmente, pela boa experiência do usuário.

28 out 2018 - 11h35
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Você sabe quando foi feita a primeira transação via comércio eletrônico da história? Foi em agosto de 1994, na Filadélfia (EUA), quando Phil Brandenberger comprou um CD do cantor Sting. Usando um cartão de crédito em um sistema criado por estudantes da London School of Economics, da Inglaterra, no site NetMarket. Desde então, o comércio eletrônico se popularizou ao redor do mundo.

Hoje, o e-commerce já faz parte de nosso dia-a-dia e já representa uma significativa fatia de movimentação econômica mundial. No Brasil, as vendas por meio eletrônico representaram R$ 23 bilhões no primeiro semestre de 2018, uma alta de 12,1% ante os R$ 21 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

Os dados são da 38ª edição do estudo Webshoppers, produzido pela Ebit Nielsen, especializada em dados do comércio eletrônico. Dentre os 27,4 milhões de brasileiros que fizeram pelo menos uma compra online nesse período, 4,5 milhões tiveram sua primeira experiência com comércio eletrônico.

A professora de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, Maria Carolina Avis, explica que essa guinada se deve a diversos fatores: preços mais baixos, prazos de entrega cada vez mais curtos, maior variedade de produtos do que nas lojas físicas e facilidade na logística reversa.

Foto: Reprodução / Montagem Canal Digital

Porém, o principal impulsionador das vendas online tornou-se a preocupação das empresas em oferecer uma boa vivência de compras ao usuário.

“Isso significa que o consumidor tem uma experiência tão positiva que ele se predispõe a comprar mais produtos daquela loja e a manter-se fiel a ela”, explica ela.

Dentre os 27,4 milhões de consumidores eletrônicos no período, 4,5 milhões eram estreantes nas compras online. O aumento da confiabilidade das transações, com dados criptografados, por exemplo, contribuiu para atrair primeiras experiências na modalidade.

“Dez anos atrás, as pouquíssimas pessoas que compravam via e-commerce eram alvo de críticas, pois existia medo de ser passado para trás. Isso mudou, com a adesão até mesmo de crianças e idosos”, diz ela.

A professora recomenda às empresas que querem entrar nesse mercado a investir em uma boa plataforma. Assim, a loja virtual será melhor indexada por mecanismos de busca, como o Google, e proverá uma vivência de compras satisfatória aos seus usuários, aumentando a confiança que eles depositam na empresa.

Outra dica da especialista às empresas é investir em sites responsivos, que se adaptem a dispositivos móveis (celular e tablet), ou até mesmo em aplicativos. Dentre as transações realizadas no período da pesquisa, 32% foram realizadas a partir de dispositivos móveis, uma alta de 41%.

“O comércio eletrônico via mobile, m-commerce, chegou para ficar. Para as empresas, essa tendência pode afetar muito as estratégias”, diz.

Além do desenvolvimento de sites responsivos e aplicativos, ela recomenda atentar para o conteúdo publicado. No m-commerce, é preciso utilizar textos mais curtos, imagens mais detalhadas e facilitar o pagamento.

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