Donald Trump anuncia que vai banir TikTok nos Estados Unidos
Autoridades americanas acreditam que o governo chinês utiliza os dados de usuários do TikTok para fins de espionagem
O presidente Donald Trump anunciou que vai assinar neste sábado, 1, uma ordem executiva para banir o aplicativo TikTok dos Estados Unidos.
A proibição seria o ápice das preocupações dos EUA quanto à segurança dos dados pessoais de usuários do TikTok. A ação do presidente americano deve abalar a empresa ByteDance, dona do aplicativo, que se tornou um dos poucos conglomerados globais chineses graças ao sucesso comercial do TikTok.
"Com relação ao TikTok, vamos bani-lo dos Estados Unidos... Vou assinar o documento amanhã", disse Trump a repórteres no Air Force One.
Nesta sexta-feira, 31, a agência de notícias Bloomberg divulgou que Trump pretendia obrigar a ByteDance a vender as operações da rede social nos EUA como uma condição para o aplicativo continuar funcionando no país. Autoridades americanas acreditam que os dados pessoais de usuários do TikTok, que tem 1 bilhão de usuários em todo o mundo, são utilizados pela inteligência chinesa para espionagem. A empresa nega qualquer vínculo com o governo de Pequim.
Segundo a Bloomberg, a Microsoft estaria em negociação para comprar a operação do aplicativo nos EUA. A companhia não comentou o assunto.
Sobre o anúncio de Trump, em resposta à agência de notícias AFP, o TikTok limitou-se a dizer: "confiamos no sucesso a longo prazo do Tik Tok. Centenas de milhares de pessoas vêm ao TikTok para se entreter, incluindo nessa comunidade os nossos criadores e artistas". A plataforma prometeu nesta semana um alto nível de transparência, o que inclui permitir revisões de seus algoritmos, para assegurar aos usuários e reguladores que não é utilizado para outros fins além do entretenimento.
"Não somos políticos, não aceitamos publicidade política e não temos uma agenda política; nosso único objetivo é seguir sendo uma plataforma dinâmica para que todos a desfrutem", disse o CEO do TikTok, Kevin Mayer, em uma publicação nesta semana. "Não somos o inimigo", completou./REUTERS e AFP