Globosat defende “humanização de dados” após lançar pesquisa
Para a gerente de marketing do grupo, abrir informações ajuda a ampliar o diálogo com o telespectador e a engajar outras marcas.
Lançados na plataforma Gente, da Globosat, "Diálogo: conexão que atravessa bolhas" e "Eu, Criança: Presente do Futuro", dois novos estudos internos do grupo, vieram expor reflexões comportamentais sobre a interação humana e foram compartilhados com o público e com outras marcas por um simples motivo: para a empresa, é preciso humanizar as informações e deixar mais acessível aquilo que é quantitativo.
“Hoje em dia a gente tem falado tanto em dado, em como a gente consegue, a partir dos dados, chegar na mensagem certa para a pessoa certa. E olhar para o comportamento humano significa entrar em questões como as que gente entrou – crianças empreendedoras e diálogo –, como um território importantíssimo para se conectar, para inspirar estratégias de outras marcas, para a gente conseguir, de alguma forma, inspirar atitudes diferentes das pessoas”, defende Mariana Novaes, marketing corporativo do Globosat, Mariana Novaes, em entrevista ao Terra.
“A gente está vivendo em um mundo onde a gente tem muito dado, onde a gente tem muita tecnologia. Cada vez mais, é preciso humanizar tudo isso, a partir da crença de que compartilhar informações que podem ser relevantes para uma vida melhor não é um detalhe”, acrescenta.
Há um ano e meio, a Globosat alimenta uma plataforma sobre comportamento dos seus consumidores com insights e pesquisas próprias para que as pautas contemporâneas sejam mais e melhor discutidas, de forma aprofundada e com conhecimentos quantitativos.
“Nossa premissa é que a partir do conhecimento que a gente tem estudado sobre o brasileiro, podemos influenciar estratégias de marca e pessoas a terem novas ideias. Nosso desejo é fazer com que as informações façam parte da jornada de vida das pessoas, por isso também os formatos diferentes”, detalha Mariana. Na plataforma Gente, esses dados citados são “mastigados” em forma de estudo, infográfico, podcast, texto e vídeo.
Pesquisas recentes
Em “Diálogo: conexão que atravessa bolhas”, explorou-se o modo como o diálogo pode ser um fio condutor na vida das pessoas e como a tecnologia interferiu nisso. Os dados mostraram que a chegada dessas ferramentas digitais provocou o distanciamento das relações, sendo o próprio diálogo o mecanismo de aproximação das escutas reais.
Essa análise se conecta perfeitamente com um segundo estudo divulgado pela marca, em parceria com o Coletivo Tsuru e o Quantas, que buscou identificar os aspectos motivadores das crianças para que elas assumam papel de agentes transformadores em seu entorno.
A pesquisa, feita com 600 crianças de classes A, B e C e 400 pais e mães com filhos entre 6 e 9 anos, revelou um cenário de opiniões polarizadas entre adultos em oposição a um olhar infantil mais flexível e eficiente. Sendo crianças, elas têm a competência de propor novos caminhos. Aliado ao resultado do levantamento, a Globosat produziu um mini documentário sobre o engajamento infantil em causas coletivas e o modo como elas lideram iniciativas empreendedoras pelo Brasil.
“As crianças são potentes, têm expressão, já têm muitas iniciativas, ideias e pensamentos que vão ajudar a gente enquanto adulto, mas o que a gente tem que fazer? Dá contorno para isso. Às vezes os pais não chegam tão perto dessas reflexões, né? Então, é preciso sair desse caminho de 'eu educo, eu passo os ensinamentos de cima para baixo’, e fazer o caminho contrário, da mediação. Com isso, a gente percebe o quanto são potentes todas essas expressões, o quanto, de fato, os adultos podem aprender com as crianças. A gente vai olhando para isso e vendo como sensibilizar nossos parceiros, marcas, anunciantes e audiência”, diz Luciane Neno, gerente de marketing e plataformas digitais do Gloob e do Gloobinho. Em números, ficou explícito que 89% das crianças acham que podem fazer algo para mudar alguma coisa importante no mundo.
Entre outras informações, as pesquisa descobriu que 100% das crianças participantes da pesquisa consumiam vídeos no YouTube. Essa base de informações adquiridas serão norteadoras para novos programas e caminhos que serão traçados pelos canais infantis nas redes sociais.
“No Gloob, a gente conversa com as crianças. Então, toda a nossa comunicação, estratégia digital, de redes sociais do canal, é para falar diretamente com elas. No Gloobinho, que é voltado para a primeira infância, a estratégia já é outra: aí a gente fala diretamente com os pais. Então, eles são super importantes também para esse diálogo. E é o que fica claro na pesquisa”, acrescenta Luciane.
Assista aqui ao documentário “Eu, criança: presente do futuro”