Google prevê novos formatos de anúncios para campanhas publicitárias voltadas a aplicativos
O Google, da Alphabet, prevê uma expansão das modalidades de anúncios voltados para aplicativos em 2018, apoiado em esforços no aprendizado de máquinas para torná-las mais eficientes para os anunciantes.
De acordo com representantes da companhia, a Universal App Campaign (UAC), que hoje é o principal produto de publicidade para aplicativos da companhia, focará em explorar novos formatos de anúncio, principalmente no YouTube e na Play Store - loja de aplicativos do Google.
"Ano que vem a gente vai continuar otimizando e introduzindo novos formatos (de anúncios) na Play Store, que é uma grande área de foco para a gente, e YouTube também", disse Carlos Façanha, gerente de produtos do Google no Brasil.
Uma possibilidade que vem sendo estudada é a exibição de anúncios para aplicativos em vídeos de seis segundos exibidos no YouTube antes do conteúdo que será visto pelo usuário, acrescentou.
Nos últimos três meses, o número mensal de downloads de aplicativos motivados pelo UAC no Brasil saltou 50 por cento, para 20 milhões, segundo dados fornecidos Google. No cenário global, o programa corresponde a 50 por cento de todos os downloads de aplicativos derivados de anúncios.
A companhia também pretende otimizar a atuação do UAC com aprendizado de máquinas, tecnologia fundamental para funcionamento do próprio programa e outros produtos de publicidade do Google, como o Smart Bidding - que utiliza informações como termos buscados, produtos visualizados e tipo de dispositivo utilizado para acessar o buscador para direcionar anúncios e calibrar orçamentos de campanha levando em conta os consumidores mais adequados aos objetivos da empresa anunciante.
A ferramenta, que faz parte dos produtos AdWords - voltados a anúncios no buscador -, hoje é utilizada por 72 por cento dos anunciantes brasileiros, disse a companhia.
Para 2018, o Google Brasil prevê desempenho alinhado ao que a companhia tem apresentado globalmente, mantendo o foco na receita publicitária, que é a principal fonte de recursos do Google no mundo. No último trimestre, a receita da Alphabet, holding do grupo, saltou 24 por cento, impulsionada por crescimento de anúncios em dispositivos móveis.