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CNI assina parceria internacional para ampliar inovação aberta na indústria

Acordo com empresa multinacional Sosa, com sedes em Nova York e Tel Aviv, dará acesso para companhias brasileiras a novas tecnologias, diz diretora de inovação da entidade

1 jul 2020 - 08h11
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai anunciar nesta quarta-feira, 1º, a assinatura de uma parceria com a empresa de inovação aberta multinacional Sosa. Com escritórios em Tel Aviv e Nova York, a companhia terá o papel de conectar as indústrias brasileiras com novas tecnologias. "É uma proposta para tornarem as empresas mais competitivas e se conectarem com o mundo", diz a diretora de inovação da entidade, Gianna Sagazio.

Normalmente, parcerias como essas incluem viagens e visitas técnicas para troca de contatos entre as empresas, algo complicado no cenário da atual pandemia. Na visão da executiva, porém, a restrição não será um problema, uma vez que os trabalhos já foram iniciados virtualmente. "Trabalhar digitalmente é algo que eles já estão acostumados, até porque operam em vários países. Já temos empresas que manifestaram muita vontade de saber mais sobre o projeto e entender como podem utilizá-lo", afirma.

Hoje, apenas 30% das grandes indústrias têm programas de inovação aberta
Hoje, apenas 30% das grandes indústrias têm programas de inovação aberta
Foto: Arquivo/Agência Brasil / Estadão

Segundo Gianna, a ideia é que, a partir de um contato com a companhia, as empresas brasileiras consigam entender que tipo de tecnologias devem aplicar em suas operações para se transformarem digitalmente. Além disso, há bastante curiosidade com relação ao tema da inovação aberta, na qual empresas e startups colaboram conjuntamente. Segundo pesquisa encomendada pela CNI junto ao Instituto FSB Pesquisa, que será divulgada nesta quarta-feira, apenas 30% das grandes indústrias do País tem uma plataforma do tipo.

"Estamos passando por uma crise e uma queda de atividade sem precedentes. A inovação será fundamental para superar esse cenário", afirma Gianna. "A inovação também será necessária para continuarmos gerando empregos", diz a executiva.

Entre as mais de 400 empresas ouvidas na pesquisa realizada pela entidade, 83% afirmam que precisarão de mais inovação para crescer ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia. Os executivos das indústrias destacaram ainda que a linha de produção é a área prioritária para receber inovações (58%), seguida pela área de vendas (19%).

De acordo com Gianna, a ideia da parceria também é mostrar o que o País tem feito para inovar - por conta da rede internacional da Sosa, empresas brasileiras também poderão ser contatadas para desenvolver projetos com companhias de fora.

Estadão
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