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Plataforma de lives cresce 500% em receita na pandemia

Empresa ClapMe oferece infraestrutura tecnológica e consultoria para artistas e marcas que desejam fazer transmissões ao vivo na internet

25 jun 2020 - 08h00
(atualizado às 17h03)
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Na pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), não faltam livestreams para entreter quem permanece em isolamento social. Nos bastidores das transmissões, toda uma infraestrutura tecnológica é montada para levar palestras, shows e bate-papos para todos. Com a quarentena, a empresa ClapMe, que oferece esse aparato para as populares “lives”, teve uma alta de seis vezes na demanda por seus serviços.

Criada em 2013 pelos empreendedores Celso Forster, Diego Yamaguti, Felipe Imperio e Filipe Callil, a ClapMe demorou três anos para alavancar o negócio. A dificuldade inicial, segundo Callil, estava em comprovar a relevância das transmissões ao vivo pela internet a artistas e empresas. “Havia um impasse com o meio artístico”, diz. “Nós tínhamos que provar o valor de fazer uma live e que isso não faria os fãs desistirem de ir a um show.”

Os fundadores da ClapMe. Da esq. pra direita: Filipe Callil, Diego Yamaguti, Celso Augusto Forster e Felipe Imperio.
Os fundadores da ClapMe. Da esq. pra direita: Filipe Callil, Diego Yamaguti, Celso Augusto Forster e Felipe Imperio.
Foto: Divulgação

Em 2016, no entanto, o negócio foi favorecido com o crescimento e expansão da plataforma de livestream do Facebook, que foi lançada em agosto de 2015. “Com um empurrão do Facebook, começamos a acelerar”, diz. “Os artistas passaram a entender a importância de uma transmissão ao vivo.” Com isso, a ClapMe passou não só a produzir lives de músicos, mas também de palestras e ações publicitárias para marcas.

Com o passar dos anos, a empresa teve de mudar seu modelo de negócio. No início, até o fim de 2015, a ClapMe tinha aspiração de ser a “Netflix dos shows”. O formato com um catálogo de transmissões ao vivo não vingou. Hoje, a companhia possui dois tipos de serviços: o primeiro é o “pacote técnico”, em que são oferecidos os equipamentos e infraestrutura para as lives; o segundo, é a criação de uma plataforma específica para os conteúdos originais de uma banda, artista ou corporação.

A empresa capitaliza por meio de contratos, variando entre entregas pontuais e fixas. A ClapMe já atendeu mais de 400 clientes e, em seu portfólio, estão artistas como Nando Reis, Fernando e Sorocaba e Manu Gavassi, além de empresas como Itaú, Kibon, Porto Seguro e C&A. Segundo Callil, 12 companhias têm um acordo para produção de conteúdo todo mês.

Com o início do isolamento social - recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do novo coronavírus -, as livestreams viraram febre, e a ClapMe registrou um aumento de seis vezes em sua demanda. “Começou a chover pedidos para a gente”, conta. “A maioria é pontual, de marcas que querem se adaptar ao online.”

Os novos pedidos variam entre shows de artistas, lives corporativas e a substituição de eventos que seriam presenciais antes da pandemia. Em média, a companhia tem produzido entre 8 e 15 transmissões por dia durante a quarentena, o que fez sua receita crescer em cinco vezes e contratar 20 funcionários.

Fonte: Redação Terra
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