Produção de conteúdo: em busca de qualidade e credibilidade
A informação sobre o produto, segundo participantes da abertura do Rio2C, só é valorizada se associada a marcas que gozem de credibilidade
Mesmo em plataformas alternativas, sob a tutela ou não de influenciadores digitais, youtubers e outros agentes que se destacam no mercado multimídia, há uma certeza entre os profissionais que trabalham com produção e distribuição de conteúdo: a informação sobre o produto só é valorizada se associada a marcas que gozem de credibilidade.
Esse foi o ponto central de um debate, que contou com a participação do diretor de Projetos Especiais do Jornal O Estado de S. Paulo, Luís Fernando Bovo, no fim da tarde dessa terça (23), na abertura do Rio2C (Rio Creative Conference), evento que promove a discussão de ideias e projetos de criatividade e inovação, notadamente no segmento audiovisual, realizado na Cidade das Artes, Barra da Tijuca, zona oeste da capital carioca.
“As marcas trabalham hoje com uma perspectiva que vai além da simples produção de conteúdo. Elas querem isso com credibilidade. Cito como exemplo o próprio Estadão, um jornal que cobriu faz 140 anos o naufrágio do Titanic. Isso é muito relevante e serve como atrativo às empresas que também buscam segurança”, disse Bovo.
Para outro debatedor, Edward Pimenta, do Infoglobo, “as marcas mudaram definitivamente a maneira de se comunicar com seu público”, estão mais expostas e precisam se adaptar aos novos tempos. “Se antes, podiam se fingir como caixas pretas, agora são caixas de vidro, tudo que elas fazem é visto pelo seu público, 24 horas por dia.”
Já André Vinicius, do Uol, destacou um desafio para o setor: o de criar condições de engajamento com o público, decifrando “como cada audiência consome cada conteúdo”. O Rio2C prossegue hoje com novas palestras, debates e workshops.
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