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Especialistas: brasileiros são "ingênuos" no uso da internet

18 fev 2011 - 14h55
(atualizado às 17h32)
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

O Brasil ocupa hoje o 16º lugar no ranking mundial de países com maior número de ataques virtuais, de acordo com pesquisa realizada pela Kaspersky Lab, a maior empresa privada de segurança da internet do mundo. Segundo o gerente de vendas para varejo da Kaspersky Lab Américas no Brasil, Claudio Martinelli, o Brasil tem "usuários ingênuos" se comparado aos demais países do globo.

Sites de relacionamento, como Orkut, Facebook e Twitter, são um dos principais vetores de distribuição de ataques
Sites de relacionamento, como Orkut, Facebook e Twitter, são um dos principais vetores de distribuição de ataques
Foto: AFP

Se for considerado que a China, o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,3 bilhão de habitantes, lidera a pesquisa - seguido de Rússia, Estados Unidos e Índia -, os usuários brasileiros de internet devem considerar o resultado como um alerta. Quanto maior o número de pessoas conectadas, maior a chance de proliferação de vírus, spywares e malwares. É como se fosse, de fato, uma epidemia. Não à toa, a população de três importantes Estados do País são também os principais alvos de cibercriminosos. São Paulo aparece em primeiro lugar na lista, segundo a Kaspersky, com 22% de ataques virtuais. Rio de Janeiro vem logo atrás, com 19%, seguido por Minas Gerais (10%).

De acordo com o analista de malware da Kaspersky Lab no Brasil, Fábio Assolini, o usuário brasileiro tem hoje uma falsa noção de segurança online, que se baseia apenas na instalação de um antivírus em seu computador pessoal. "Uma segurança incompleta é pior que segurança nenhuma", diz. Para justificar a preocupação das empresas de segurança digital, Assolini elenca as três principais ameaças que se disseminam na mesma velocidade do mercado consumidor de computadores.

"Além de sites legítimos infectados, o phishing personalizado está hoje entre as maiores ameaças aos usuários brasileiros. Na tentativa de legitimar a falsa mensagem, o cibercriminoso envia um e-mail com nome completo e o número do CPF da vítima. Outro problema hoje é o reaproveitamento de senhas: para não ter de cadastrar várias senhas diferentes, o usuário acaba usando a mesma senha para vários sites, o que pode torná-lo uma vítima em potencial", diz Assolini.

Ele lembra que, devido ao crescente número de usuários, os sites de relacionamento, como Orkut, Facebook e Twitter, são um dos principais vetores de distribuição de ataques. "O cibercriminoso vai onde tem gente, igual a um vendedor. Onde não tem gente, ele não vai concentrar seus esforços. As redes sociais se tornam um dos principais alvos e essa é uma tendência para o futuro. Ao usuário recomendamos sempre tomar cuidado com o que clica. Um mês atrás, por exemplo, detectamos uma ameaça de antivírus falsa no Twitter utilizando URLs compactadas no Google." Os especialistas afirmam que uma proteção ampla, não apenas um antivírus, é uma das principais armas do usuários no combate ao cibercrime.

"Eles (os usuários brasileiros) têm pouco conhecimento de informática e acreditam que apenas uma atitude preventiva pode proteger. Ou seja, 'eu não entro em site pornô, eu não vou ser contaminado', 'eu não baixo software pirata, eu não vou ser contaminado'. Isso só não basta porque já vimos sites legítimos contaminados, como portadores de códigos maliciosos. As mensagens contaminantes vêm até nós, não precisamos buscar lá fora", afirma.

Para Martinelli, a mudança de comportamento em relação às ameaças digitais deve começar dentro de casa. "Quando se fala de proteção da família, na verdade, se fala da proteção de cada indivíduo da família, eventualmente até quem não sabe usar computador. E as empresas de segurança têm essa missão, de modo que o brasileiro se torne cada vez mais sensato e consciente de que ele tem de estar protegido."

Os pais, de acordo com os especialistas, devem se concentrar também no acesso dos filhos à internet. O "controle" não significaria broncas ou proibições, mas sim um "gerenciamento", a partir do uso de produtos com funções que permitam a limitação do tempo de navegação ou que previnam a visualização de conteúdos inadequados ou sites de apostas ou compras online. "Seu filho conversa com um amiguinho no MSN, e, ingenuamente, pode passar dados sensíveis, como o endereço residencial ou o número de telefone, e ficar exposto aos ataques de criminosos. Torna-se, portanto, fundamental uma proteção específica para esse público", afirma o analista de malware Fábio Assolini.

Na tentativa de incentivar um novo comportamento entre as famílias brasileiras, a Kaspersky Lab mirou os usuários de redes domésticas e lançou um produto chamado Pure Total Security, que visa garantir a segurança online da família a partir da configuração de todos os computadores da residência a partir de um só PC.

Fonte: Terra
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