Script = https://s1.trrsf.com/update-1736170509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Unilever testa drones para realizar entregas de sorvetes

Em parceria com a startup japonesa Terra Drone Europe, multinacional trabalha desde 2017, com a possibilidade de utilizar a pequena aeronave para atender seus consumidores

7 fev 2020 - 12h26
Compartilhar
Exibir comentários
Empresa quer começar projeto de entrega por Nova York.
Empresa quer começar projeto de entrega por Nova York.
Foto: Unilever/ Terra Drone Corporation/ Divulgação / Estadão

A próxima vez que você quiser saborear sorvete em casa, ele poderá chegar pelos ares. A Unilever, em parceria com a startup japonesa Terra Drone Europe, fez uma demonstração de um serviço de entrega de sorvetes por drones na terça-feira, 4.

O voo teste foi realizado para um grupo de investidores em um evento anual da empresa, que aconteceu na sede da gigante nos Estados Unidos. O drone utilizado, um modelo quadricóptero, foi equipado com uma caixa de capacidade máxima para até 3 potes de sorvete da Ben & Jerry's (marca da qual a Unilever é dona), com 72 gramas cada. Na tampa, é possível ler a mensagem 'me abra' ('open me', em inglês). Veja:

Para que a aeronave chegasse ao seu destino, um trajeto pré-determinado foi definido pelos técnicos da empresa. Como resultado, o drone conseguiu voar sem grandes problemas entre os prédios da Unilever.

Com o sucesso da demonstração, as empresas aproveitaram para anunciar que pretendem inaugurar um sistema de entrega por meio de drones na cidade de Nova York. Questionada, a dona da Ben & Jerry's não soube informar uma data exata de quando o serviço vai entrar em vigor.

Projeto começou em 2017

No entanto, é importante acrescentar que o sucesso do voo não foi sorte de principiante: desde 2017, a Unilever trabalha em um programa de entrega com a Terra Drone Europe, uma divisão da empresa japonesa de tecnologia Terra Drone Corporation, especializada em serviços com drones.

Chamado de Sorvete Agora (ou Ice Cream Now, em inglês), o projeto vai funcionar de forma integrada a outros apps de entrega já populares dos Estados Unidos, como o Uber Eats, por exemplo. A ideia das empresas é que os sorvetes possam ser comprados pelos consumidores por meio dos serviços que eles já conhecem - nesse caso, o que muda apenas é apenas o método de entrega.

Unilever não é a única

A Unilever não é a única que tem considerado os drones para delivery. Atualmente, muitas empresas trabalham com a possibilidade de utilizar o aparelho para cumprir a última etapa do trajeto de entrega, que acontece quando o produto sai da loja para a casa do consumidor.

As gigantes Amazon e UPS, por exemplo, estão desenvolvendo projetos na área já há a algum tempo. O mesmo acontece com a Wing, subsidiária da Alphabet e 'irmã' do Google.

No entanto, alguns fatores indicam que ainda falta algum tempo até que esse tipo de entrega comece a funcionar. Além dos problemas com regulamentação, as empresas ainda precisam lidar com questões ligadas ao possível roubo de equipamentos e a própria instabilidade das máquinas - algo que foi presenciado pela Swiss Post em julho do ano passado.

A empresa, que cuida do sistema de correios da Suíça, precisou abortar seu projeto de entregas via drone - que já tinha feito 3 mil voos teste bem-sucedidos -, depois que problemas técnicos comprometeram duas de suas aeronaves. Na ocasião, danos foram encontrados no sistema de pouso dos equipamentos, o que poderia ter causado graves acidentes a pedestres, por exemplo.

Drones são o futuro?

Apesar de o serviço ainda gerar insegurança quanto a sua eficácia, Yuki Ueno, diretor da Terra Drone Europe, disse em comunicado que está confiante de que os pequenos objetos voadores representam o futuro das entregas.

"Com as leis que regulam os voos de drones se tornando mais flexíveis, creio que desde já, muitas companhias estão se preparando para criar um sistema logístico baseado em drones, que vai conseguir entregar os produtos aos consumidores de forma mais prática e rápida", afirma Ueno.

O diretor da Terra Drone Europe também comentou que o modelo de entrega pode ser a solução para "alguns sérios problemas logísticos, como as emissões de dióxido de carbono, por exemplo".

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade