Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Uso de IA para mapear proteínas é o maior avanço de 2021, diz revista 'Science'

Inteligência artificial consegue calcular milhares de proteínas rapidamente, acelerando inovações na área da biologia e medicina

17 dez 2021 - 07h01
Compartilhar
Exibir comentários
Para a revista Science, uso de IA para detectar proteínas é o maior avanço da ciência em 2021
Para a revista Science, uso de IA para detectar proteínas é o maior avanço da ciência em 2021
Foto: Reprodução/Science / Estadão

A utilização de inteligência artificial (IA) para mapear proteínas é o maior avanço na ciência em 2021, elegeu a revista americana Science nesta quinta-feira, 16. Com a tecnologia, cientistas esperam conseguir desenvolver drogas com mais eficiência, graças ao salto na biologia e na medicina.

Em julho, a equipe de biólogos estruturais do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, conseguiu desenvolver uma IA, chamada de RoseTTAFold, capaz de predizer centenas de milhares de proteínas, feito que, até então, exigia o uso de demoradas análises em laboratório. "Essa é uma mudança de rota para a biologia estrutural", afirma Gaetano Montelione, da instituição que ajudou a criar a inovação.

Após o feito, outros cientistas com acesso à IA conseguiram mapear 350 mil proteínas encontradas no corpo humano, cerca de 44% do total. Nos próximos meses, diz a Science, a expectativa é usar a tecnologia para estruturar 100 milhões de proteínas de todas as espécies do Planeta. Atualmente, os cientistas da Rensselaer trabalham em novas sequências proteicas, o que pode possibilitar o surgimento de novos remédios antivirais e catalisadores.

Neste ano, a empresa Deepmind, da Alphabet (companhia-mãe do Google) também desenvolveu um software de IA, o AlphaFold2, que apresentou ótimos resultados ao prever cadeias proteicas. Com isso, a gigante da tecnologia pretende investir em estudos para criar novas drogas.

Outro uso desse tipo de IA na biologia molecular é entender as mutações do novo coronavírus, em especial da variante ômicron, o que pode ajudar a neutralizar o vírus com medicações futuras.

Para a Science, ainda há muito a ser feito, mas um caminho foi aberto em 2021. "A explosão dos avanços a partir de IA mostra uma visão da dança da vida como nunca antes, um panorama que irá mudar a biologia e a medicina para sempre", escreveu a revista.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade