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Zuckerberg fala em unificar WhatsApp, Instagram e Messenger

Assunto surgiu em longo texto sobre o futuro da empresa em mensagens privadas

6 mar 2019 - 20h13
(atualizado às 20h31)
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Mark Zuckerberg confirmou nesta quarta, 6, a intenção de unificar todos os apps da empresa usados para comunicação, o que inclui WhatsApp, Messenger e Instagram. O projeto foi citado num longo texto publicado no perfil do executivo que tenta delinear o futuro da rede social no segmento de mensagens privadas.

A ideia é que cada usuário em um serviço possa se comunicar com usuários dos outros apps. Por exemplo, um usuário de WhatsApp mandar uma mensagem diretamente para um perfil no Instagram. O plano envolve também a possibilidade de responder mensagens SMS por meio dos apps da empresa.

Mark Zuckerberg confirmou nesta quarta, 6, a intenção de unificar todos os apps da empresa usados para comunicação, o que inclui WhatsApp, Messenger e Instagram
Mark Zuckerberg confirmou nesta quarta, 6, a intenção de unificar todos os apps da empresa usados para comunicação, o que inclui WhatsApp, Messenger e Instagram
Foto: Reuters

Zuckerberg não deu data para a integração - em janeiro último, o New York Times afirmou que a companhia já trabalha no projeto. Isso levou reguladores europeus a questionar a empresa, pois consideram que isso pode afetar a privacidade dos usuários. Por enquanto, o executivo diz apenas que as pessoas poderão optar ou não por participar dessa plataforma mais ampla, e que os usuários poderão manter ativas suas contas em cada um de seus serviços.

"Há muitas questões aqui que demandam mais consultas e discussões. Porém, se pudermos implementar isso, poderemos dar para mais pessoas a escolha de usar seu serviço preferido para fazer com segurança contato com as pessoas que quiserem".

Para o executivo, parte do desafio para tornar a unificação realidade é manter a privacidade dos usuários - boa parte do texto se debruça sobre como o Facebook pode preservar a privacidade dos usuários. Ele diz que planeja implementar criptografia em todos os seus apps, recurso existente apenas no WhatsApp atualmente. Porém, ele diz que é necessário encontrar um equilíbrio para identificar criminosos na plataforma.

"Compreendo que muita gente não acredita que o Facebook poderia ou gostaria de construir uma plataforma focada em privacidade - porque, francamente, não temos uma forte reputação para construir serviços que protegem a privacidade, e historicamente focamos em ferramentas mais abertas", disse.

O texto de Zuckerberg vem quase um ano depois do escândalo da Cambridge Analytica, no qual os dados de 87 milhões de pessoas do Facebook foram usados sem consentimento para influenciar as eleições presidenciais americanas de 2016 e o processo do Brexit.

Mensagens efêmeras

Outro ponto importante levantado por Zuckerberg é o desejo de ter mensagens que se apaguem automaticamente em todas as suas plataformas, algo na linha do que acontece dos Stories do Instagram, do Facebook e do WhatsApp. "Cada vez mais acreditamos que é importante manter informações por períodos de tempos mais curtos. As pessoas querem saber se o que elas compartilham não prejudicará-las no futuro, e reduzir a quantidade de tempo que a informação é armazenada e acessada ajudará", diz ele.

O executivo imagina que todas as mensagens serão apagadas automaticamente por padrão depois de um certo período - no exemplo, ele fala em um ano. Os usuários poderiam alterar isso nas configurações. Outro recurso que pode ser disponibilizado é determinar que certas mensagens se apaguem após segundos ou minutos de seu envio.

Além disso, Zuckerberg garantiu que o Facebook não armazenará informações em países com históricos de violações à privacidade e aos direitos humanos. Segundo ele, isso poderia excluir o Facebook de determinados lugares. Vale lembrar que a rede social não teve sucesso para entrar no mercado chinês, que é dominado pelo gigante local WeChat.

Veja também:

Os principais trechos do depoimento de Mark Zuckerberg:
Estadão
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