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Templo dedicado a Lúcifer gera polêmica em cidade gaúcha

16 dez 2024 - 20h16
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Na cidade de Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre, um santuário dedicado a Lúcifer está provocando polêmica e problemas com a  Justiça do Rio Grande do Sul.  O templo, que conta com uma estátua, foram obras de Mestre Lukas de Bará da Rua, que afirma ter sonhado com a imagem antes de sua concepção. Ele fundador do grupo intitulado 'Nova Ordem de Lúcifer na Terra', juntamente com Tata Hélio de Astaroth.

Estátua de Lúcifer gera polêmica
Estátua de Lúcifer gera polêmica
Foto: Divulgação / g1 / Perfil Brasil

O espaço foi interditado. A decisão veio da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública. No documento, o órgão cita  falta de regularização administrativa e a ausência de licenças necessárias. A Prefeitura de Gravataí argumenta que o local não possui alvará para funcionar como estabelecimento religioso. Além disso, não há registro formal como entidade.

Por que Santuário de Lúcifer causou tanta comoção?

A estátua, que pesa uma tonelada, simboliza, segundo seu criador, a dualidade entre o humano e o espiritual. Retratada como parte homem, parte esqueleto, a figura está envolta em simbolismos que desafiam concepções tradicionais de figuras religiosas. Essa representação buscava desmistificar a figura de Lúcifer, vista por seus seguidores como um símbolo do conhecimento iluminado.

Mestre Lukas, quando confrontado sobre as questões legais, afirmou ter tentado obter as permissões necessárias junto à prefeitura, mas teve seus pedidos negados. Para ele, o templo é destinado exclusivamente aos membros da ordem e não ao público em geral.Desta forma, seu uso seria privado.

Qual é a posição legal em relação aos templos religiosos?

A decisão judicial enfatiza que templos religiosos, tal como qualquer outro estabelecimento que recebe pessoas, devem atender às regulamentações municipais. Isso inclui a obtenção de licenças apropriadas para garantir a segurança e o bem-estar dos frequentadores. Por fim, a administração pública reforça que nenhuma entidade está isenta de tais requisitos.

Embora o santuário tenha suscitado reações variadas, ele também atraiu a atenção para a diversidade religiosa e a liberdade de crença. Para os membros da ordem fundada por Mestre Lukas, que reúne cerca de 100 pessoas no Brasil, incluindo 80 no Rio Grande do Sul, o templo é um local sagrado. Lúcifer, para os membros da ordem, significa a "luz do conhecimento", explica o religioso ao site g1.

A obra custou cerca de R$ 35 mil. Muitos moradores criticaram por, supostamente ter recebido recursos públicos, uma alegação que tanto Mestre Lukas quanto a Prefeitura negam.

Perfil Brasil
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