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Terapia usa plasma rico em plaquetas para tratamento de feridas em pacientes com pé diabético

Técnica pioneira, aplicada em hospital cearense, já apresenta bons resultados

11 mai 2018 - 13h20
(atualizado às 13h23)
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O serviço de Estomaterapia do ambulatório do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), no Ceará, implantou, há cerca de dois meses, um novo tratamento para pacientes com feridas nos pés agravadas pelo diabetes. A terapia utiliza plasma sanguíneo rico em plaquetas para acelerar a cicatrização. Os primeiros resultados já comprovam a melhora do prognóstico e a recuperação da sensibilidade dos pés.

Foto: DINO

O princípio do tratamento é a utilização das plaquetas, que possui fatores de crescimento, que ajudam na regeneração dos tecidos orgânicos. O procedimento dura, em média, 40 minutos. O sangue é retirado do paciente no próprio hospital. O material é encaminhado ao laboratório para centrifugação separando a porção do plasma que contém maior número de plaquetas e, em seguida, o plasma é aplicado diretamente na ferida. O procedimento é realizado uma vez por semana. "As plaquetas contêm fatores de crescimento e estimulam a cicatrização", explica o enfermeiro estomaterapeuta do hospital, Ricardo Oliveira Lima, integrante da Associação Brasileira de Estomaterapia (Sobest).

Para a implantação da terapia no HGCC, os integrantes do serviço de Estomaterapia realizaram a validação de um protocolo geral que durou seis meses e é tema do trabalho de especialização de Amelina de Brito Belchior, aluna do curso de Estomaterapia. Em fevereiro, dois pacientes participaram do projeto-piloto. Em sete semanas, os enfermeiros observaram melhoria no processo de cicatrização e redução de sangramento e exsudação (saída de líquido) das feridas. Mas o que mais surpreendeu foi o relato da recuperação da sensibilidade nos pés. "Os pacientes disseram que a neuropatia começou a ser revertida. Pesquisamos na literatura e alguns trabalhos internacionais realmente mencionam este fato", ressalta Ricardo Oliveira Lima.

Pacientes diabéticos, muitas vezes, perdem a sensibilidade dos membros e sofrem com a dormência e dores. "É um ganho muito grande na qualidade de vida destas pessoas. Eles contam sobre a melhora na pisada e no andar; as dores também diminuíram", diz Lima.

Pioneirismo

A terapia com plasma foi criada há cerca de 30 anos e era utilizada, inicialmente, por dentistas, sendo depois também utilizadas na Estética, para atenuar rugas, por exemplo. No serviço público ainda não é utilizado, especialmente em feridas, e o hospital cearense é o primeiro a usar a técnica no Brasil.

Website: http://www.sobest.org.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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