‘Passei uma semana muito mal’, diz ex-jogadora de basquete que teve fotos usadas em sites pornográficos
Ingrid Vasconcelos participou do Terra Agora desta quinta
Ingrid Vasconcelos levou um ‘choque’ ao descobrir que suas fotos estavam sendo utilizadas em sites estrangeiros de pornografia e prostituição. A ex-jogadora de basquete e influenciadora conversou com o Terra Agora desta quinta-feira, 28, e relembrou
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Conforme contou, a ex-atleta foi duas vezes vítima do crime cibernético. A primeira aconteceu há dois anos, e a descoberta se deu por meio de aviso de outras pessoas. Ela possui cerca de 1,7 milhão de seguidores no Instagram.
“A primeira vez foi um baque. Ao ver aquilo fiquei em choque. Tenho um filho pequeno, estou indo para o segundo. Sem entender, acho que passei uma semana muito mal, pensativa”, iniciou.
No momento da descoberta, Vasconcelos contou com o apoio da família. Casada, a influenciadora tem um filho de 12 anos e está grávida do segundo. Nas redes sociais, seus conteúdos são majoritariamente sobre o dia a dia com os familiares.
“Mas eu tenho uma sorte muito grande, tenho uma estrutura familiar muito boa. Meu marido falou: ‘não tem porque ter esse estresse todo. Quem te acompanha sabe o que você está fazendo’. Internet realmente é algo muito perigoso, você pode tentar tomar o cuidado que for, mas sempre acontece algo nesse tipo”, continuou.
Para a ex-jogadora de basquete, a vítima do crime precisa ter cabeça para enfrentar a situação. Com o apoio de sua equipe, ela também tomou medidas em relação aos sites, que saíram do ar. Mesmo assim, Vasconcelos sabe que o risco de ser alvo dos perfis fakes continua existindo.
Além da influenciadora, o Terra Agora recebeu Luiz Augusto D´Urso, especialista em crimes cibernéticos. O advogado reforçou a importância da vítima procurar ajuda jurídica, mesmo que as leis mudem entre os países.
“É importante acionar o judiciário ou, pelo menos, as plataformas de hospedagem dos sites. O problema é que não temos uma legislação mundial, cada país lida de um jeito. No Brasil, temos o marco civil da internet, crimes pelo uso indevido de conteúdo, falsidade ideológica, várias previsões que protegem a imagem das pessoas. O problema é que no caso dela e de muitas vítimas o crime ocorre em muitos países que não estão sob a soberania ou jurisdição do Brasil”, explicou.
D´Urso também explicou possíveis consequências do crime: “O uso da imagem dela é gravíssimo. Os criminosos devem estar aplicando algum golpe, tentando tirar dinheiro das vítimas com essas imagens”, completou.