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Todos partidos têm problemas, diz Bolsonaro ao justificar adesão ao PL

9 nov 2021 - 12h12
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Diante de críticas que surgiram diante de sua provável filiação ao PL, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que "todos os partidos têm problemas" e reclamou de não ter conseguido criar sua própria legenda, o Aliança pelo Brasil, por excesso de burocracia.

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
07/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 07/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Devo decidir essa semana, tenho que ter um partido. Vão me criticar 'ah esse partido'. Todos os partidos têm problema. Eu não consegui fazer o meu, que a burocracia cresceu muito, foi impossível", disse o presidente em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Na verdade, o projeto do Aliança pelo Brasil foi abandonado por Bolsonaro ainda no ano passado. Depois de tentar criar a sigla a toque de caixa para as eleições municipais de 2020 e não conseguir, o próprio presidente não fez mais esforços.

Os aliados de Bolsonaro queriam que o Tribunal Superior Eleitoral aceitasse uma forma de coleta digital das assinaturas necessárias, o que acabou acontecendo, mas apenas em setembro deste ano. Até o final de outubro, de acordo com os canais do partido, foram obtidas 149.411 assinaturas, das 492 mil necessárias para formalizar a criação.

A ação continua, mas desde março deste ano Bolsonaro já anunciava que tinha desistido da sigla e se filiaria a outro partido. Depois de negociar com PP e com outros partidos menores, a previsão é que, de fato, acerte com o PL. A intenção é que a ficha seja assinada no próximo dia 22.

"Está quase certo com PL, quase certo, tem mais alguma conversa para acertar um Estado ou outro, para a gente partir para as eleições", afirmou.

As conversas envolvem o xadrez para colocar candidatos de confiança de Bolsonaro em alguns postos-chave para candidaturas em 2022. O próprio presidente admite que sua maior preocupação é o Senado.

"Vamos priorizar, da minha parte, o Senado. Não queiram tudo, porque o partido não é meu. Tem uma outra pessoa lá que fez o acordo comigo e nós temos que alinhar os nossos objetivos", disse.

A pessoa a quem Bolsonaro se refere é o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que costurou o acordo para que o presidente aderisse ao PL.

Ex-deputado condenado no escândalo do mensalão, Costa Neto foi criticado mais de uma vez pelo próprio Bolsonaro e por seus filhos no passado. Na segunda-feira, seu filho Carlos apagou um post no Twitter de três anos atrás em que ressaltava uma reportagem mostrando pagamentos de propinas ao então PR, como se chamava o partido na época, e a Valdemar.

Ao negociar a entrada de Bolsonaro, o presidente do PL deixou de lado as críticas anteriores, de olho em um aumento da bancada no Congresso, puxado pelo presidente, e abriu espaço para nomes que Bolsonaro quer garantir na disputa ao Senado.

Devem entrar na lista, por exemplo, as candidaturas ao Senado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pelo Mato Grosso do Sul, e do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pelo Rio Grande do Norte. Outras ainda devem ser decididas.

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