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Tribunal Penal Internacional pede prisão de Netanyahu

O promotor-chefe, Karim Khan, o acusa de crimes de guerra e crimes contra a humanidade por suas operações militares na Faixa de Gaza

20 mai 2024 - 15h48
(atualizado às 17h00)
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A Procuradoria do Tribunal Penal Internacional, localizado na cidade de Haia, na Holanda, expediu mandados de prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro de Defesa, Yoav Gallant. O promotor-chefe, Karim Khan, os acusa de crimes de guerra e crimes contra a humanidade por suas operações militares na Faixa de Gaza.

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Foto: ministro de Israel se pronuncia contra a decisão - X/Reprodução / Perfil Brasil

Além dos israelenses, três líderes do grupo terrorista Hamas foram alvos da corte. Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohammed Diab Ibrahim al-Masri são acusados pelos crimes cometidos no ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.

À CNN, Khan acusa Netanyahu e Gallant de "causar extermínio e provocar fome como método de guerra, incluindo a negação de suprimentos de ajuda humanitária, visando deliberadamente civis em conflito". Por outro lado, afirma que os líderes terroristas são responsáveis por "extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual durante a detenção".

Agora, a Corte Internacional analisará os pedidos do promotor para eventualmente oficializar os mandados de prisão. O Tribunal, entretanto, não tem permissão de executar tais pedidos e depende da ação de seus 124 Estados signatários para prenderem os acusados que encontrem-se em suas jurisdições. Os Estados Unidos e Israel não fazem parte deste acordo, mas o Tribunal de Haia afirma que tem efeito na Faixa de Gaza. Jerusalém Oriental e Cisjordânia.

Netanyahu cita "comparação nojenta"

Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense afirmou que a acusação de Khan "é direcionada a todo o Estado de Israel". Em seguida, ele rejeita qualquer comparação com o Hamas. "Com qual audácia você ousa comparar os monstros do Hamas com as Forças de Defesa Israelenses, o exército mais moral do mundo?", questionou.

O Hamas também emitiu um comunicado referindo-se à decisão da Corte Internacional, solicitando a anulação do pedido de prisão de seus líderes, afirmando que tal movimento "iguala a vítima ao carrasco".

Perfil Brasil
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