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Trump confiará mais no "instinto" do que em formalidades em cúpula com líder norte-coreano

8 jun 2018 - 08h31
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorrerá a uma mistura de charme e pressão para convencer o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, a abdicar de suas armas nucleares, confiando mais em seu instinto do que na consulta de livros para fechar um acordo, disseram assessores e ex-funcionários do governo.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante evento em Nashville 29/05/2018 REUTERS/Leah Millis
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante evento em Nashville 29/05/2018 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Kim, que aos 34 anos tem menos da metade da idade de Trump, receberá uma dose concentrada do que amigos e inimigos de Trump têm experimentado desde que ele se tornou presidente: um líder volátil e imprevisível que pode ser amistoso ou duro, alternadamente ou ao mesmo tempo.

A cúpula de 12 de junho em Cingapura será o primeiro encontro pessoal entre Trump, ex-apresentador de reality show que gosta de deixar as pessoas em suspense até o último momento, e Kim, herdeiro de uma dinastia reclusa com um histórico de renegar promessas de conter suas ambições nucleares.

Embora venha recebendo regularmente informes verbais e escritos sobre o que esperar quando se reunir com Kim, Trump confia mais em sua intuição do que em qualquer outra coisa, segundo assessores e ex-autoridades.

Os informes vêm cobrindo desde a história familiar de Kim e o histórico de acordos rompidos com Pyongyang até a situação dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, disse uma fonte a par do tema.

Assessores acreditam que Trump tentará usar um toque pessoal para criar um clima de confiança com Kim.

Os dois líderes fizeram muito para melhorar suas relações depois de trocarem insultos e ameaças, como quem tem o maior botão nuclear.

Trump fez muitos acordos nas décadas que passou como empresário antes de entrar na Casa Branca 18 meses atrás, e pode levar habilidades e técnicas diferentes às negociações, disse uma fonte próxima do presidente.

"Mas é muito 'instinto', algo a que as pessoas não estão acostumadas no mundo diplomático porque estão acostumadas a consultarem notas", disse uma fonte que falou sob condição de anonimato.

Críticos replicam dizendo que a abordagem personalista de Trump pode ser muito arriscada para se lidar com Pyongyang, que alarmou Washington com seus avanços rápidos em um míssil de longo alcance capaz de atingir os EUA.

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