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Trump rejeita acusações de autor e se descreve como "gênio"

6 jan 2018 - 15h29
(atualizado às 16h12)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou neste sábado acusações de um autor de que ele seja mentalmente inapto para o cargo e afirmou que seu histórico mostra que ele é um "gênio estável".

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca
04/01/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca 04/01/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Michael Wolff, a quem foi dado amplo e pouco comum acesso à Casa Branca durante grande parte do primeiro ano de Trump, tem dito ao promover seu livro, "Fire and Fury - Inside the Trump White House"("Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump"), que Trump é inadequado para a Presidência.

Trump, em uma séria de posts matinais no Twitter, disse que seus críticos democratas e a imprensa norte-americana estavam trazendo a "velha cartilha sobre Ronald Reagan e gritando estabilidade mental e inteligência" uma vez que eles não foram capazes de derrubá-lo de outras maneiras.

Reagan, republicano que foi presidente dos Estados Unidos de 1981 a 1989, foi diagnosticado com Alzheimer em 1994 e morreu em 2004.

"Na verdade, ao longo da minha vida, meus dois maiores recursos foram a estabilidade mental e ser... realmente inteligente", disse Trump no Twitter.

"Eu fui de um homem de negócios MUITO bem-sucedido para estrela da TV... (e) para presidente dos Estados Unidos (na minha primeira tentativa). Eu acho que seria qualificado não como inteligente, mas gênio... e um gênio muito estável nisso!"

Trump, de 71 anos, publicou os tuítes de seu retiro presidencial em Camp David, onde está reunido com líderes republicanos do Congresso e muitos secretários do gabinete para discutir sua agenda legislativa para o ano.

Schwarzenegger ataca Trump por abandonar acordo de Paris:

Os tuítes foram outro sinal da frustração de Trump do que ele viu como um tratamento injusto pela mídia de sua Presidência, em meio a uma investigação federal sobre se ele ou seus auxiliares de campanha conspiraram com a Rússia durante a campanha presidencial de 2016, na qual ele derrotou a democrata Hillary Clinton.

O livro de Wolff se tornou um best-seller instantâneo na sexta-feira.

Desdenhado por Trump como cheio de mentiras, o livro retrata uma Casa Branca caótica, um presidente que estava mal preparado para conquistar o cargo em 2016 e auxiliares de Trump que desprezavam suas habilidades.

Wolff disse à rádio BBC, em entrevista veiculada neste sábado, que sua conclusão no livro de que o presidente não é capaz para o trabalho está se tornando uma visão generalizada.

Ele afirmou à NBC News na sexta-feira que a equipe da Casa Branca trata Trump como uma criança.

"A descrição que todo mundo deu, todo mundo tem em comum, todos dizem que ele é como uma criança", disse Wolff. "E o que querem dizer com isso, ele tem uma necessidade de gratificação imediata. É tudo sobre ele."

"Este homem não lê, não escuta. Ele é uma bola de pinball, apenas disparando pelos lados."

O correspondente da Fox News Geraldo Rivera disse ao programa "Fox and Friends" no sábado que havia falado com Trump na sexta-feira e de que o presidente estava "muito, muito frustrado" que a questão de sua aptidão mental estava ganhando força.

Trump deverá se submeter ao primeiro exame físico de seu mandato em 12 de janeiro. O exame foi anunciado em 7 de dezembro após questões terem sido levantadas sobre a saúde de Trump ao ter articulado mal parte de seu discurso no qual anunciou que os Estados Unidos reconheciam Jerusalém como capital de Israel.

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