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UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para trans

A partir de 2025, 2% das vagas em cursos de graduação serão dedicadas aos estudantes, com expectativa de beneficiar mais de 300 pessoas já no primeiro ano

29 set 2024 - 13h58
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A Universidade Federal Fluminense (UFF) deu um passo significativo na promoção da diversidade ao ser a primeira instituição federal de ensino no Rio de Janeiro a aprovar cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. A decisão, vitalizada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão na quinta-feira (19), estabelece um novo marco na inclusão acadêmica.

Reserva abrange 2% das vagas de graduação
Reserva abrange 2% das vagas de graduação
Foto: Paula Fernandes/SCS/UFF - Universidade Federal Fluminense / Perfil Brasil

A partir de 2025, 2% das vagas em cursos de graduação serão dedicadas a estudantes trans, com expectativa de beneficiar mais de 300 pessoas já no primeiro ano dessa política afirmativa. Essa medida visa corrigir desigualdades e proporcionar um ambiente educacional mais diverso e inclusivo.

Cotas para pessoas trans na UFF

Alessandra Siqueira Barreto, pró-reitora de Assuntos Estudantis, destacou à Agência Brasil a importância do envolvimento ativo dos estudantes no processo de aprovação. "Foi um trabalho de escuta e colaboração ativa junto aos coletivos trans da universidade," elucidou Barreto.

Os coletivos de estudantes trans desempenharam um papel crucial ao apresentar suas necessidades e colaborar na construção da proposta de cotas, mostrando a força da comunidade estudantil na luta por maior representatividade e igualdade de oportunidades.

Impactos da nova política de cotas para estudantes trans

Na esfera da pós-graduação, a UFF já demonstra avanços, com 18 cursos reservando vagas para estudantes trans. A partir de 2025, todos os programas de mestrado e doutorado deverão disponibilizar pelo menos uma vaga para esse grupo, reforçando o compromisso da universidade com a inclusão em todos os níveis de ensino.

Além de promover o ingresso de estudantes trans, a UFF planeja desenvolver um acompanhamento contínuo para assegurar sua permanência e sucesso acadêmico, combatendo qualquer forma de discriminação que possa surgir durante sua trajetória educacional.

Como a UFF garantirá a integridade do processo de cotas?

Para garantir a validade do processo de seleção, a UFF criará uma banca de heteroidentificação, complementando a autodeclaração feita pelos candidatos. "Precisamos de métodos que confirmem a autoidentificação sem desrespeitar a autonomia dos estudantes," explicou Alessandra Barreto.

Além disso, a universidade se compromete a manter canais de apoio e acompanhamento dos estudantes trans, assegurando que eles encontrem um ambiente acolhedor e livre de preconceitos, fundamental para seu desenvolvimento acadêmico e pessoal.

Outras universidades federais vão adotar medidas semelhantes?

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) já começou a discutir internamente a possibilidade de implementar cotas para estudantes trans. Esta decisão da UFF pode inspirar outras instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a seguir o mesmo caminho.

Além da UFF, outras 11 instituições federais de ensino superior no Brasil já adotaram políticas de cotas para a população trans. Este movimento é um reflexo do avanço na busca por maior representatividade e equidade no sistema educacional brasileiro.

  • Universidade Federal do ABC (UFABC)
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)
  • Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Universidade Federal de Lavras (UFLA)
  • Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
  • Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Essas iniciativas estão alinhadas com a Lei 14.723/23, que requer que instituições federais de educação superior reservem vagas para estudantes pretos, pardos, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, e aqueles oriundos de escolas públicas.

Perfil Brasil
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