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Último envolvido no caso de doação de órgãos com HIV é preso

Cleber de Oliveira Santos, um técnico de laboratório acusado de emitir certificados de teste com resultados falsos negativos para a doença, foi detido

16 out 2024 - 22h26
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No Rio de Janeiro, um recente escândalo envolvendo emissão de laudos laboratoriais incorretos resultou na prisão de vários profissionais de saúde. A polêmica gira em torno do laboratório PSC Lab Saleme, onde exames de HIV supostamente errôneos levaram a consequências graves para os pacientes envolvidos.

Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no Laboratório PSC Saleme
Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no Laboratório PSC Saleme
Foto: Rafael Campos/Polícia Civil do Rio / Perfil Brasil

Cleber de Oliveira Santos, um técnico de laboratório acusado de emitir certificados de teste com resultados falsos negativos para HIV, foi detido. A prisão de Cleber encerra a busca, que já havia resultado na detenção de outros envolvidos, incluindo os técnicos Ivanilson Fernandes dos Santos, Jacqueline Iris Bacellar de Assis, e o ginecologista Walter Vieira, um dos proprietários do laboratório.

Segundo informações das autoridades, os erros nos exames possibilitaram que seis pacientes recebessem transplantes de órgãos contaminados pelo vírus HIV. As investigações estão em curso para determinar a extensão dos danos causados e as responsabilidades específicas de cada um dos acusados.

Defesas e implicações legais do caso da HIV

A defesa de Cleber de Oliveira Santos argumenta que ele não havia participado conscientemente na emissão dos laudos incorretos, e que não possuía vínculo formal de trabalho com o laboratório no momento dos incidentes. No entanto, representantes do PSC Lab Saleme afirmam que o erro humano foi o fator central que levou à infecção dos pacientes com o vírus HIV.

De acordo com as declarações feitas por Walter Vieira à polícia, o erro inicial teria ocorrido quando Cleber não "zerou" a máquina antes de usá-la, procedimento necessário para garantir resultados precisos. Apesar disso, a assinatura final dos documentos pertencia a Vieira, segundo o laboratório.

Um segundo laudo aponta a responsabilidade de Ivanilson dos Santos, que teria cometido um erro ao redigir "negativo" ao invés de "positivo" no exame. Ivanilson, por não possuir formação especializada, estava impedido de assinar e validar o resultado. Esta tarefa teria ficado a cargo de Jacqueline de Assis, que, segundo acusações, liberou o laudo sem a verificação apropriada.

As complicações aumentaram quando foi revelado que Jacqueline apresentara um diploma falso no ato da contratação. A defesa de Jacqueline nega qualquer intenção deliberada de fraude, alegando seu desconhecimento acerca da invalidade dos documentos apresentados.

Consequências e investigações futuras

O advogado de Walter Vieira declarou que o laboratório PSC Lab Saleme desconhecia a inautenticidade do diploma de Jacqueline, e que a falha ocorreu ao não verificar adequadamente o documento durante o processo de contratação. O incidente levanta questões importantes sobre os protocolos de contratação e procedimentos operacionais nos laboratórios clínicos.

As investigações continuam com o objetivo de esclarecer todos os fatores que contribuíram para o incidente e assegurar que medidas apropriadas sejam tomadas para prevenir ocorrências semelhantes no futuro. As autoridades e a população aguardam ansiosamente por resultados conclusivos que possam garantir a segurança e a confiança nos serviços laboratoriais prestados às comunidades.

Perfil Brasil
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