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Venezuela: agência utiliza apresentadores de IA para evitar perseguição

Organização Repórter Sem Fronteiras aponta que dez jornalistas já foram presos no país desde junho

3 set 2024 - 15h56
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"El Pana" e "La Chama," ou ""o amigo" e "a garota", na tradução de gírias locais, são os mais novos âncoras jornalísticos da Venezuela. Mais especificamente, da "Operação Retuíte", realizada pela organização Connectas, na Colômbia. E eles são produtos da inteligência artificial.

Operación Retuit, que opera na Venezuela, amplifica informações de veículos independentes
Operación Retuit, que opera na Venezuela, amplifica informações de veículos independentes
Foto: Divulgação/Connectas / Perfil Brasil

A iniciativa visa publicar notícias de diversos veículos de imprensa independentes, e proteger seus repórteres. De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras, ao menos 10 jornalistas foram presos no país dsde junho. Oito seguem presos sob acusação de terrorismo.

Além disso, em agosto, a ONU realizou um inquérito independente e concluiu que a repressão do governo Nicolás Maduro deixou pelo menos 1.200 presos.

"Decidimos usar inteligência artificial para ser o 'rosto' da informação que estamos publicando", disse o diretor do projeto, Carlos Huertas, em entrevista à Reuters. "Usar inteligência artificial aqui é quase uma mistura entre tecnologia e jornalismo". O projeto pretende driblar a perseguição do governo, já que não haveria uma única pessoa para ser presa.

Oposição na Venezuela

Ao lado de grupos de defesa de direitos humanos, a oposição venezuelana relata a prisão de manifestantes e jornalistas. Na visão do grupo, se trata de uma estratégia para silenciar vozes dissidente sobre a eleição presidencial.

Maduro e o candidato da oposição, Edmundo González, afirmam ter vencido as eleições de 28 de julho. Entretanto, o atual presidente permaneceu no cargo, e o governo venezuelano não providenciou as atas eleitorais que serviriam de prova para os resultados. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela afirma que não publicou os arquivos porque sofreu um ataque digital.

Nesta segunda-feira, a Justiça do país emitiu um mandato de prisão contra González. O Ministério Público venezuelano acusada o candidato dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação para a prática de crime e formação de quadrilha. González, que está escondido, nega as acusações.
Perfil Brasil
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