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Venezuela: Conselho Nacional Eleitoral proclama Maduro presidente após questionamentos

Países como Chile e Brasil não reconheceram os resultados das eleições e aguardam divulgação de relatórios completos

29 jul 2024 - 17h10
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Maduro é proclamado presidente da Venezuela mesmo com questionamentos sobre validade dos resultados eleitorais
Maduro é proclamado presidente da Venezuela mesmo com questionamentos sobre validade dos resultados eleitorais
Foto: Getty Images / Perfil Brasil

Nicolás Maduro foi proclamado oficialmente como presidente da Venezuela pela autoridade eleitoral do país, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE),nesta segunda-feira (29). Após as eleições de domingo, o resultado foi questionado pela oposição e por vários outros países em decorrência da falta de transparência.

Maduro segue no poder pelo terceiro ano consecutivo. "Os venezuelanos expressaram sua vontade absoluta ao eleger Nicolás Maduro Moros como presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período 2025-2031" , afirmou o presidente do CNE, Elvis Amoroso. Ele é amigo pessoal de Maduro e da primeira-dama Cilia Flores.

De acordo com o CNE, a vitória de Maduro foi confirmada após a contagem de 80% das cédulas. Ele recebeu 51,2% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%.

Resultado questionado

A equipe de González revelou, ainda ontem, que o CNE só havia mostrado a eles 40% das seções eleitorais logo após o encerramento das votações. O grupo afirma que o Conselho parou de imprimir e transmitir os relatórios dos resultados.

Nesta segunda-feira, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou um dos líderes da oposição de envolvimento em uma suposta invasão ao sistema eleitoral. "A principal pessoa envolvida nesse ataque é o cidadão Lester Toledo  juntamente com o fugitivo da Justiça venezuelana Leopoldo López e María Corina Machado", anunciou à imprensa.

Similarmente, Maduro afirmou que está sendo feita uma tentativa de golpe de Estado. "Eles estão ensaiando os primeiros passos malsucedidos para desestabilizar a Venezuela e impor novamente um manto de agressão e danos à Venezuela", disse quando foi ao CNE.

A oposição da Venezuela

María Corina Machado é um dos principais nomes da oposição a Maduro. Entretanto, ela foi desqualificada da disputa eleitoral pela Justiça do país, e cedeu seu espaço a Edmundo González Urrutia, um diplomata aposentado.

Com pouco tempo de campanha, González começou a se tornar conhecido e superar o atual presidente nas pesquisas de intenção de voto. Apesar da influência do chavismo no aparato estatal, María Corina acreditava que a vantagem da oposição era tão gritante que não poderia ser disfarçada.

Reação de outros países

Estados Unidos, Colômbia, Brasil e Chile patrocinaram a campanha eleitoral com o intuito de incentivar a abertura para um processo democrático e transparente. Portanto, foram os primeiros países a questionarem os resultados.

O secretário de Estado norte-americano Antony Bliken, por exemplo, declarou que a Casa Branca em Tóquio tem "sérias preocupações" de que "os resultados anunciados não refletem a vontade ou os votos do povo venezuelano".

O presidente do Chile, Gabriel Boric, também se manifestou em suas redes sociais. "A comunidade internacional e, acima de tudo, o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência dos resultados e do processo, e que os observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas da veracidade dos resultados. O Chile não reconhecerá nenhum resultado que não seja verificável", escreveu.

O Brasil saudou as eleições, mas já afirmou que aguardará a publicação dos dados para se posicionar sobre o resultado.

Perfil Brasil
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