Venture Building: uma nova forma de desenvolver startups e inovar no mercado
Empreender no Brasil é um grande desafio. Agora, imagina abrir uma startup dentro de outra empresa. Essa é uma tendência que está ganhando cada vez mais força nos EUA e é conhecida como "Venture Builders": empresas que criam modelos de negócios usando as suas próprias ideias e recursos, "fugindo" das tradicionais modalidades de investimentos.
Segundo pesquisa realizada em 2017 pela ABStartups e Accenture, 76% das empresas em fase inicial contam com apenas investimentos próprios.
Diferentemente de incubadoras e aceleradoras, "Venture Builders" não desenvolvem programas competitivos para a seleção de seus projetos. Em vez disso, elas obtêm ideias de negócio a partir de sua própria visão das demandas de mercado e designam seus recursos e equipes internas para desenvolvê-los, como por exemplo: designers, desenvolvedores, gerentes de marketing e produto, vendas, entre outros.
Esse movimento de Venture Building traz mais agilidade nas tomadas de decisão, beneficia as startups (internas) na otimização de recursos, possibilita o compartilhamento de conhecimento e permite gerar novas oportunidades de negócios através de uma rede de clientes e parceiros.
Completando 17 anos de existência, a Sioux - agência de tecnologia interativa -, encontrou nesse modelo, uma forma de inovar dentro do mercado competitivo de agências. Há pelo menos cinco anos, iniciou esse movimento interno e o resultado desse trabalho culminou no desenvolvimento de diferentes empresas, que atuam de forma independente, sob a gestão do mesmo grupo, o Sioux Group.
"A criação de uma metodologia ágil, baseada em pessoas, processos, produtos e clientes foi fundamental para o apoio no desenvolvimento de ideias que possibilitaram a criação de novos negócios" - afirmar Guilherme Camargo, CEO da empresa.
O progresso dos projetos que começaram como startups internas somados com o investimento obtido através do BNDES, fortaleceram e deram mais força para o reposicionamento, criando um grupo de empresas focadas na prestação de serviços e desenvolvimento de produtos próprios.
A prestação de serviços em tecnologia, comunicação e gamificação fica sob a responsabilidade da Sioux - agência focada em experiências interativas.
Por conta dos trabalhos desenvolvidos pela agência e o know-how em gamificação, surgiram duas novas startups: Ludos Pro - plataforma gamificada que utiliza técnicas e mecânicas de jogos para engajar, ensinar e aumentar a produtividade -, e o Moovieplay - tecnologia projetada para transformar ambientes em espaços interativos.
"Estes produtos se mostravam aderentes às necessidades do mercado, começaram como startups dentro da Sioux e ganharam corpo com o investimento do BNDES, acelerando o desenvolvimento e o crescimento da operação." - afirma Danilo Parise, Diretor de Marketing e Produto.
Outro produto que se destaca é a Pesquisa Game Brasil (PGB), que, desde 2013, é a grande referência de mercado de hábitos de consumo do público gamer, e ganhou uma nova marca e um novo modelo de negócio visando o mercado publicitário.
"O formato startup dentro da empresa deve ser planejado com cautela. É fundamental analisar o potencial do mercado, disponibilidade de recursos para iniciar e manter as operações" - destaca Philippe Capouillez, Diretor de Operações.
Para obter sucesso nesse modelo, deve-se observar as habilidades dos sócios do grupo em coordenar estas empresas de forma independente sem perder a essência de uma startup, mantendo os processos claros e ágeis.
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