Vereadora Cris Monteiro: "Nós não somos definidas pela idade que temos"
Aos 58 anos, decidiu fazer uma transição de carreira: Saiu do mercado financeiro, onde tinha estabilidade e uma posição confortável para se aventurar na política. As motivações, desafios e realizações de Cris Monteiro (NOVO) você confere nesta entrevista exclusiva!
Aos 58 anos, ela decidiu fazer uma transição de carreira: Saiu de uma posição de chefia no mercado financeiro, onde tinha estabilidade e uma posição confortável para se aventurar na política. Hoje, ao olhar pra trás, Cris Monteiro, de 61 anos, eleita vereadora pelo Novo/SP com votação expressiva, tem um ensinamento: "Nós não somos definidas pela idade que temos!". Conversando com ela, é possível perceber que em sua trajetória, não há obstáculos que a façam desanimar diante de um objetivo.
Carioca, nascida na Penha, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, filha de uma empregada doméstica e um taxista, Cris lembra que a falta de recursos financeiros não foi o maior sofrimento da sua infância: mas a falta de cabelos, sim. Com apenas 3 anos, teve uma doença chamada Alopecia Areata, que a fez ficar careca. Como na rua sofria bullying, parou de sair de casa.
"O que faz com uma criança que não brinca na rua? Bota numa cadeira pra ler. Ficar estudando foi o que me fez crescer", lembra.
Desde então, começou a estudar e não parou mais. Terminou o ensino médio, fez faculdade de Ciências Contábeis, é Pós-graduada em Finanças pelo IBMEC (Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais) e fez carreira no mercado financeiro até se tornar diretora do maior banco de investimentos americano, o JP Morgan.
Como vereadora, atua em uma das comissões mais importantes da Câmara Municipal de São Paulo: a de Finanças e Orçamento, onde sua expertise na iniciativa privada será fundamental: "ali, todos os projetos são revisados pra ver se eles cabem no orçamento e temos uma tradição de não respeitar o dinheiro público como ele deve ser respeitado.(...) Eu gosto de números e vou utilizar esse meu ativo na comissão", comemora Cris.
Pergunto qual o pior machismo que já sofreu. Ela lembra quando foi apalpada. "Na época, fui correndo chorar no banheiro; hoje, sei como me posicionar e a sociedade está atenta", conclui.
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