Vereadora Renata Falzoni é retirada pela GCM durante protesto contra corte de árvores em São Paulo
Parlamentar pulou tapumes e abraçou árvore em ato simbólico na Rua Sena Madureira, na zona sul da capital paulista
A vereadora Renata Falzoni (PSB-SP) protagonizou, nesta quinta-feira, 7, um episódio de confronto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) em meio a um protesto contra o corte de árvores na Rua Sena Madureira, na Zona Sul de São Paulo. As obras para a construção de dois túneis na região, justificadas pela prefeitura como uma necessidade para melhorar o fluxo de trânsito, motivaram a retirada de dezenas de árvores, ato que gerou indignação entre os moradores e ambientalistas.
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Acompanhando as obras nesta tarde, Falzoni decidiu demonstrar seu descontentamento de forma simbólica: ultrapassou os tapumes que delimitavam a área da obra e abraçou uma das árvores que seriam removidas. A ação gerou a intervenção da GCM, que retirou a vereadora do local.
Momentos após o ocorrido, Falzoni se manifestou por meio de suas redes sociais, expressando o impacto emocional do ato."Em um momento de extrema emoção, eu pulei a grade, que é relativamente baixa, vim aqui, abracei essa árvore, que acabou tendo mais alguns minutos de vida [...] Mesmo assim, a gente não conseguiu brecar esse crime ambiental, saio daqui derrotada", desabafou a parlamentar.
"A prefeitura de São Paulo insiste no crime ambiental e corta árvores imensas para dar lugar a dois túneis que não resolverão em nada o trânsito da região. Inacreditável que a Justiça ainda não tenha decidido pela paralisação dessa obra. O tempo é crucial, são momentos decisivos para salvar esse corredor verde", escreveu em uma postagem no Instagram.
O protesto de Falzoni ecoa uma preocupação maior da comunidade da Vila Mariana, que tem se mobilizado contra o projeto. Um abaixo-assinado organizado por moradores, conselheiros municipais e membros da associação local critica as obras, apontando para a remoção de aproximadamente 180 árvores, entre elas exemplares centenários.
“Além disso, não resolverá o problema que se pretende resolver, devido à demanda induzida: com a facilitação do uso do automóvel na cidade, mais pessoas utilizarão carros e a cidade terá mais congestionamentos", argumenta o texto do abaixo assinado, que já acumulou mais de 14 mil assinaturas.