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Vida em Marte? Cientista diz que Nasa pode ter matado seres vivos durante missão

1 dez 2024 - 15h37
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Desde que os seres humanos começaram a explorar o espaço, a possibilidade de vida em Marte tem sido um tópico de intenso  estudo. Em 1976, as sondas Viking 1 e 2 da Nasa foram enviadas a Marte com a missão de buscar sinais de vida. Entretanto, o debate sobre os dados obtidos permanece até hoje, com novas teorias sugerindo interpretações alternativas.

Foto: depositphotos.com / Ruletkka / Perfil Brasil

Um dos princípios fundamentais da missão Viking era a suposição de que qualquer forma de vida em Marte dependeria de água líquida, semelhante à vida na Terra. Os experimentos realizados envolveram o acréscimo de água e nutrientes ao solo marciano, na esperança de detectar reações biológicas. Inicialmente, os resultados pareciam promissores, mas acabaram sendo classificados como falsos positivos após anos de análise e discussão científica.

A hipótese dos sais higroscópicos

Dirk Schulze-Makuch, um astrobiólogo da Universidade Técnica de Berlim, propôs uma teoria que desafia a suposição tradicional de que a água líquida é essencial para a vida. Ele sugere que, em vez de depender de água, formas de vida marcianas poderiam sobreviver utilizando sais higroscópicos para capturar umidade da atmosfera, algo que não foi considerado durante os experimentos das missões Viking.

Schulze-Makuch baseia sua hipótese em comparações com micro-organismos encontrados em ambientes extremamente secos na Terra, como o Deserto de Atacama. Lá, certas bactérias têm a capacidade de extrair umidade diretamente do ar, um processo que poderia ser análogo às condições de Marte. Portanto, ao adicionar água nos testes, a Nasa pode ter destruído potencialmente esses organismos adaptados a ambientes áridos.

Busca por vida em Marte

A ideia de que a adição de água poderia ter sido prejudicial levanta questões importantes sobre as metodologias utilizadas na exploração marciana. Se a vida em Marte se adapta a condições extremas de aridez, futuras missões podem precisar de estratégias de detecção que não dependam exclusivamente da presença de água líquida.

Schulze-Makuch sugere o uso de compostos higroscópicos como indicadores de vida, pois poderiam atrair e manter a umidade necessária para organismos microscópicos. Essa abordagem inovadora pode evitar as limitações enfrentadas pelas missões antigas e abrir novas possibilidades na detecção de vida extraterrestre.

Perfil Brasil
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