VW Tayron é sucessor perfeito para o Tiguan Allspace, mas virá (muito) acima do Taos

A Volkswagen mostrou no Salão de Paris 2024 o inédito Tayron. Trata-se do novo SUV médio global da marca alemã, que ganhou produção recentemente na fábrica de Wolfsburg, sede da empresa, e terá vendas na Europa no início de 2025. O modelo é o sucessor do Tiguan Allspace, que continua em produção no México e à venda no Brasil, mas já com os dias contados. Na Europa, a VW lançou a nova geração do Tiguan, mas como SUV intermediário, tal como o Taos.

No Salão de Paris, entre os dias 16 e 20 de outubro, pudemos conferir o VW Tayron de perto no estande da marca. De imediato, chama a atenção o tamanho em relação ao novo Tiguan. São 4,79 metros de comprimento, 1,85 m de largura e 1,66 m altura, além de uma distância entre-eixos de 2,79 m. Na comparação com o Tiguan Allspace, que tem 4,73 m e 1,84 m, é mais largo e comprido. Já a altura e o entre-eixos são iguais nos dois SUVs.

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VW Tayron é maior e mais tecnológico que Tiguan Allspace

Com essas dimensões, um dos trunfos do inédito Tayron é o porta-malas com capacidade de 885 litros na versão de cinco lugares. Pois o volume chega a expressivos 2.090 litros com os bancos de trás rebatidos. O Jornal do Carro, aliás, publicou um vídeo do VW Tayron em Paris que mostra essa fartura de espaço na cabine. Bem como o painel frontal mais sofisticado que lembra os carros elétricos da marca. Há poucos botões e uma grande tela central.

Com 15 polegadas, o display multimídia do novo SUV é poderoso e conectado. Entre os recursos, permite ajustar modos de condução, configurações de ar-condicionado e assistentes de condução semiautônoma, assim como iluminação ambiente e sistema de som. A tela também conta com assistente de voz integrado ao ChatGPT. No Brasil, por ora, quase nenhum carro da Volkswagen vem com chip de internet de fábrica, que permita tais funcionalidades.

SUV tem versões híbridas leves e do tipo plug-in

No geral, o VW Tayron se revelou um SUV sofisticado. Por exemplo, tem faróis e lanternas Full LEDs com tecnologia matricial IQ.Light. No Brasil, só dois modelos oferecem esse recurso: Taos e Polo GTS. Os faróis alternam entre altos e baixos de forma automática e desligam apenas alguns dos LEDs para não ofuscar a visão dos veículos à frente ou na pista contrária. Com isso, aprimora substancialmente o campo de visão à noite.

Mas não é só. O padrão de acabamento do VW Tayron está um nível acima do visto no atual Tiguan Allspace. Para completar, o novo SUV é eletrificado. Na Alemanha, há um amplo leque de versões no site da Volkswagen. Nele, o modelo parte de ? 45.475, o equivalente a cerca de R$ 280 mil na conversão direta e sem taxas. A versão de entrada Life traz o motor 1.5 turbo a gasolina com 150 cv de potência e sistema híbrido leve de 48 Volts (eTSI).

O mesmo modelo também está disponível com o motor 2.0 TSI de 190 cv e 32,6 mkgf de torque máximo. O câmbio é sempre o automatizado DSG de dupla embreagem e 7 marchas, com tração dianteira. Há ainda uma opção a diesel com motor 2.0 TDI de até 193 cv. Mas o destaque são as versões híbridas do tipo plug-in. Estas unem o motor 1.5 TSI a gasolina e um motor elétrico e uma bateria de 19,7 kWh, e oferece potências de 204 cv ou 272 cv.

Tayron deverá chegar importado do México em 2026

O VW Tayron R, versão de topo de linha que vimos no Salão de Paris, tem desempenho forte. No site alemão da VW, o conjunto eHybrid alcança um torque máximo de 40,7 mkgf. Conforme a montadora, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e alcança 215 km/h de velocidade máxima. E tem um alcance elétrico de 119 km no ciclo global (WLTP). Entretanto, é a mais cara, com preço a partir de ? 62.165 ou R$ 383 mil.

Por aí já fica evidente que, no Brasil, o VW Tayron terá preços salgados. A Volkswagen confirmou que vai produzir o novo modelo na fábrica de Puebla, no México, a partir de 2026. Pois é de lá que o SUV virá importado e livre de taxa de importação pelo acordo comercial entre os países. Assim, o Tayron não parece ser um dos futuros híbridos que a Volkswagen vai produzir futuramente na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

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