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Wajngarten reage a assalto e corre armado atrás de suspeito

Homem teria descido de uma moto e pedido o relógio do Secretário de Comunicação, que estava armado e correu atrás do suposto assaltante

6 ago 2020 - 20h01
(atualizado às 20h09)
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Segundo a delegada tirular do 78º DP, Zuleika Gonzalez Araújo, o secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, estava na rua Bela Cintra, nos Jardins, por volta das 12h, quando foi abordado por um homem que desceu de uma moto e pediu seu relógio, insinuando estar com uma arma sob a camisa. Mais tarde o homem foi identificado como Otílio Feitosa Souza, de 30 anos, motoboy, que mora com a mulher e um filho em Taboão da Serra.

Wajngarten correu atrás do suposto assaltante por cerca de dois quarteirões
Wajngarten correu atrás do suposto assaltante por cerca de dois quarteirões
Foto: Reprodução / Twitter / Estadão Conteúdo

Wajngarten, que estava armado, reagiu e correu atrás do suposto assaltante por cerca de dois quarteirões. Uma pessoa que estava na rua passou uma rasteira em Otílio, que caiu. Wajngarten dominou o homem e acionou a Polícia Militar. Os policiais levaram todos para o 78 DP, onde Otílio foi detido em flagrante por tentativa de roubo.

O advogado do suspeito, Edson Costa, disse que seu cliente negou o crime. Segundo a delegada, ele tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e outro roubo. Otílio deve ser transferido para o 77 DP e de lá será encaminhado para uma audiência de custódia.

Wajngarten foi procurado para comentar o ocorrido mas não respondeu.

No Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, parabenizou o secretário de Comunicação pela reação ao assalto.

Para o ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da PM paulista José Vicente da Silva Filho, o erro de Wajngarten foi ter corrido atrás do assaltante, enquanto ele deveria ter ligado para a polícia e identificado o indivíduo. "Ele abandonou uma situação defensiva e entrou em uma via aberta, onde o sujeito poderia ter comparsas armados. Dar rasteira e prender o suspeito não é papel do cidadão. É uma reação não recomendada e que expôs ele a extremo perigo." / COLABOROU BIANCA GOMES

Estadão
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