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Will Smith está em relatório da PF sobre investigação do plano de golpe? Entenda

27 nov 2024 - 19h29
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Ao analisar as questões ligadas a um plano de golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022 no Brasil, um relatório da Polícia Federal revelou informações curiosas. Entre os detalhes presentes no documento, o nome do ator Will Smith aparece citado em relação ao uso de uma técnica específica de manipulação. O senador Marcos do Val teria adotado a estratégia inspirada no filme "Golpe Duplo", estrelado por Smith, como parte de suas ações políticas.

Will Smith
Will Smith
Foto: depositphotos.com / Mkaliva / Perfil Brasil

Nesse contexto, o método em questão é a "Reação de Goche", utilizado pelo senador do Podemos, Marcos do Val, durante interações políticas. A técnica emergiu em discussões com a deputada Carla Zambelli, e envolvia influenciar comportamentos para alcançar objetivos específicos na arena política. Apesar da referência inusitada ao filme, o foco principal da investigação é a tática aplicada por Do Val para chamar a atenção da mídia durante a criação da CPMI para investigar atos antidemocráticos ocorridos em janeiro de 2023.

Como a manipulação inspirada em "Golpe Duplo", de Will Smith, foi aplicada?

No filme "Golpe Duplo", o personagem Nicky, interpretado por Will Smith, utiliza técnicas de condicionamento mental para influenciar escolhas aparentemente espontâneas de uma pessoa. De forma semelhante, Marcos do Val afirmou ter utilizado a palavra "CPMI" repetidamente para atrair a cobertura da imprensa de maneira planejada. Isso demonstra como a manipulação descrita no longa foi adaptada para o cenário político brasileiro.

A exposição repetida a determinados estímulos se tornou uma ferramenta estratégica nas ações de Do Val. Sua intenção era garantir que determinados temas fossem destacados nas pautas da mídia, gerando a percepção de relevância e urgência que ele desejava. Assim, a técnica que visava programar mentalmente escolhas foi redirecionada para manipular a narrativa política a seu favor.

O senador mencionou quatro pontos-chave em sua estratégia, que serviram como "iscas" para captar a atenção midiática:

  • Reunião com o ex-presidente Bolsonaro e o ministro, simulando uma tentativa de golpe, sem que a reunião configurasse crime em si, mas sugerindo-a como tal para a imprensa.
  • A sugestão de que ele teria prevaricado, apesar de ser uma ação pela qual senadores não poderiam ser responsabilizados legalmente.
  • Uma anunciada desistência de seu cargo de senador da República, criando expectativas de mudança.
  • Desinformação sobre o local do encontro acima mencionado, criando um jogo de confusão e dúvida sobre sua estabilidade mental.

Após implementar sua tática, Marcos do Val compartilhou capturas de tela com notícias relacionadas aos eventos de janeiro, reafirmando sua estratégia ao enviar essas informações a Carla Zambelli. A utilização do pronome "vocês" nos textos sugestionou que a mensagem também fora distribuída amplamente a outros parlamentares, aliados políticos e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Perfil Brasil
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